Bury all your secrets in my skin
Come away with innocence, and leave me with my sins
The air around me still feels like a cage
And love is just a camouflage for what resembles rage again.
—
13 de janeiro, 22:37.
365 dias. Hoje eu e Pete estávamos completando um ano de casados. Para comemorar, resolvemos fazer uma viagem. O destino era Phuket, uma pequena ilha situada ao sudoeste da Tailândia.
— Vamos, Vegas! Nós vamos nos atrasar! — ele diz, imensamente irritado pois eu tinha demorado demais no banho.
— Vegas? O que aconteceu com “meu bem”? — provoco e ele sorri docemente, reagindo me dando um pequeno tapa nas costas.
Pete tinha os cabelos pretos e os olhos castanhos oscilando entre tons amadeirados. Seu sorriso era ensolarado, irradiava sempre que se mostrava em meio das duas covinhas fortemente marcadas em seu rosto. Eu amava aquele sorriso, amava o jeito que seus olhos apertavam toda vez que ele sorria em direção a mim. Seu nariz se desenhava perfeitamente em conjunto com todo seu rosto, ficando sempre com a ponta do mesmo em um tom avermelhado toda vez que ria demais ou fazia algum esforço excessivo. Pete era um pouco mais alto que eu, e às vezes ele gostava de tentar me irritar com esse fato. Ele é o amor da minha vida. Isso era tudo que eu conseguia pensar. Pete era a melhor pessoa que eu tinha em minha vida e eu amava cada pequeno detalhe sobre ele. Ele conseguia ser amável, passional, cuidador, explosivo e impaciente num único minuto. Pete sempre foi muito determinado e batalhador, desde criança teve que se virar sozinho tendo um pai alcoólatra e uma mãe viciada em jogos de pôquer. E mesmo assim, no final, ele conseguiu se tornar essa pessoa que eu tanto admiro, amo e protejo. Durante os 10 anos que nos conhecemos, eu sempre senti a necessidade de cuidar dele, mesmo sabendo que esse papel ele conseguia desempenhar sozinho. Eu o amo e sempre vou estar aqui por ele. Pete tem todo meu coração, eu pertenço a ele.
— No que está pensando? — ele me abraça pelo pescoço, me olhando atentamente com um olhar de preocupação.
— No quanto eu quero passar o resto dos meus dias ao seu lado. Te amo muito, meu amor. — deposito um beijo cauteloso em sua testa e me afasto, ainda o segurando pela cintura, observando o brilho em seus olhos.
— Estamos juntos há cinco anos e você ainda consegue me deixar bobo — ele leva as mãos até a minha bochecha e me beija. Era um beijo calmo e passional. — Eu te amo mais que tudo, meu bem.
Era curioso pensar em como eu e Pete chegamos até onde estamos. Nos conhecemos há dez anos, passamos por muitas coisas juntos, mas estamos aqui. Sempre fomos sozinhos, apenas eu e Macau, a chegada de Pete em nossas vidas mudou completamente o rumo das coisas. Eu amava Macau infinitamente e faria de tudo por ele, isso ninguém poderia negar mas Pete o entendia como ninguém. Macau o considerava como um irmão, no começo foi algo que me deixou um pouco enciumado, mas no fundo eu sabia que não existe sensação melhor do que ser cuidado por quem você ama e considera, e Pete era pra nós dois essa pessoa. No fim de tudo, éramos como um quebra-cabeça que sempre se completava.
22:49.
O caminho até Phuket não era tão longo, conseguiríamos chegar lá antes das 23:40, que era o último horário para realizar o check-in no hotel.
— Essa música consegue ser tão deprimente, Vegas. — ele diz enquanto tocava Snuff no som, era minha música favorita. Apenas rio e continuo com atenção na estrada, a chuva forte e a escuridão me deixavam um pouco apreensivo. Eu conseguia ver as gotas grossas e incessáveis caírem sobre o vidro do carro, em meio a relâmpagos que vez ou outra clareavam a estrada escura.
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Four Acts • Vegaspete
Fiksi PenggemarVegas e Pete estavam completando um ano de casados. Era um dia extremamente feliz até tudo virar uma tragédia. Seria o amor capaz de superar a dor?