07

10.3K 1.1K 1K
                                    

Naquele mesmo dia eu vou até um pet shop e compro a caixa de transporte que eu precisava para levar Vi para o meu apartamento. Aproveito também para comprar uma escova para que seus pêlos caiam com menos frequência e uma ração que foi os olhos da cara.

Quando chego no meu apartamento, vejo Yoko sentada no chão comendo pipoca, ela para de mastigar e de se mexer assim que me vê entrando com um saco de ração de gato.

— Perdi alguma coisa? — Pergunta desconfiada com a sobrancelha levantada.

— Vamos ter uma gata, surpresa. — Finjo surpresa indo até o balcão que separava a cozinha da sala colocando o saco de ração ali em cima.

Me viro para Yoko e a vejo com uma expressão desacreditada no rosto. Ela coloca mais uma enorme quantidade de pipoca na boca e deixa a tigela sobre o sofá antes de se levantar batendo as mãos na roupa.

— Isso é sério? Não pensou em sei lá... Consultar a pessoa que mora com você?— Questiona se aproximando e eu suspiro sabendo que ela odiava quando eu tomava decisões que envolvia o nosso apartamento sem a consultar antes.

— Mas eu não tive tempo de pensar, eu só aceitei. — Confesso e ela para na minha frente com os braços cruzados. Começo a explicar sobre a gata Vi que era de Wednesday e foi resgatada e toda aquela gigante história.

— Então você está me dizendo que do nada você resolveu adotar um gato só porque a garota que você quer sentar ficou decepcionada?

— Eu não aceitei ficar com a Vi só porque eu quero sentar na Wednesday. — Nego com a cabeça.

— Então porque?

— Eu não sei está bem? Eu só não gosto dos olhos dela com aquele brilho triste. — Confesso com pesar. Yoko nada diz, apenas afirma com a cabeça voltando para o sofá.

— Está bem, mas você vai ter que comprar aqueles rolos para tirar pêlos da roupa porque eu não quero minha roupa cheia de pêlos. — Fala antes de voltar a colocar uma mão cheia de pipoca na boca.

— Compro tudo o que você quiser se você  não ficar irritada com a gata.— Yoko abre um enorme sorriso e me olha.— Tudo tem que ser menos de trinta dólares.

— Certo, vou comprar algo em um valor mais alto e parcelar até dar trinta dólares,— Murmura alto o suficiente e eu abro a boca indignada com o que eu tinha ouvido.

— Vai nessa. —Respondo com um ar risonho e encaro a televisão vendo que ela estava desligada.— Não vai assistir nada?

— Estou pensando. — Se limita a dizer.

— Quer conversar? — Me aproximo do sofá e ela suspira negando com a cabeça. —Tudo bem. Eu vou para meu quarto porque preciso terminar um trabalho, qualquer coisa me chame.— Beijo sua cabeça e vou para o meu quarto.

Me jogo na cama soltando um gemido por sentir minhas costas doerem enquanto eu ia relaxando. Respiro fundo diversas vezes e forço meus braços para erguer meu corpo para que eu possa terminar o inferno do trabalho que o desgraçado do meu professor passou várias e várias páginas para ser feito a mão.

Perto das três da manhā, eu termino os trabalhos e saio do quarto para comer alguma coisa. Bebo apenas um copo de leite e retorno para o meu quarto sabendo que Yoko deveria estar dormindo.

Mais tarde, às sete da manhã eu acordo, me espreguiço na cama e encaro o teto querendo mais alguns minutos para dormir. Trinta minutos depois eu já estava pronta e com profundas olheiras abaixo dos olhos,

— Misericórdia, dormiu mal? — Yoko fala me encarando e afirmo com a cabeça.

— Terminei o trabalho. — Sorrio orgulhosa erguendo uma pasta amarela.

A lista dos Pênis | Wenclair Onde histórias criam vida. Descubra agora