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Betagem meia boa, mas não esqueçam de votar e comentar hein?

°°°

Fico nos braços de Enid por algum tempo até que resolvo que não deveria ficar choramingando por ai. Me afasto, passo a mão pelo rosto e respiro fundo, tudo sob os olhos atentos da mulher.

Nós ficamos em silêncio até que uma batida suave vinda da porta chama a nossa atenção. Enid prontamente se levanta, anda até a porta e abre a porta me permitindo ver sua mãe parada ali.

— Sim, mãe? — A voz suave e baixa de Enid ecoa pelo quarto.

— Em duas horas vamos a praia, vocês querem ir? — Pergunta. Enid troca o peso das pernas, me olha brevemente.

Ela ameaça negar com a cabeça mas eu levanto, me aproximo da porta. — Vamos sim. — Afirmo com a cabeça.

— Ótimo! — A anfitriã sorri abertamente. — Nós vamos arrumar algumas coisas e quando estiver tudo pronto, nós vamos.

— Certinho, sogrinha. — Sorrio apoiando minha cabeça no ombro de Enid.

Enid e sua mãe trocam mais algumas palavras até que a mais velha se vai. Ela fecha a porta lentamente subindo o olhar para o meu rosto de forma avaliativa. — Você quer ir mesmo?

— Vai ser bom para distrair a minha cabeça. — Esboço um pequeno sorriso. — E eu estou precisando, não quero criar teorias que podem me fazer tirar conclusões precipitadas sem saber o lado da história deles. — Explico sentindo o perfume dela invadir minhas narinas conforme ela se aproximava e colocava uma mão em meu pescoço.

— Tudo bem... Que tal você tomar um banho na banheira? — Sobe os seus dedos até a minha mandibula iniciando um carinho ali.

— Vai comigo? — Peço de forma manhosa, sem segundas intenções já que eu não estava no clima.

— Certo, minha princesa. Eu vou preparar um delicioso e relaxante banho e já volto. — Sussurra selando nossos lábios me deixando com um sorriso abobalhado.

Solto um suspiro baixinho acompanhando minha namorada com o olhar até o banheiro. Volto para a cama e me deito, encaro o teto sendo tirada de órbita com minha cabeça martelando diversas coisas querendo me fazer tirar conclusões precipitadas. Nego com a cabeça lembrando das palavras de Scarlett:

"Antes de julgar, ouça o ponto de vista da pessoa." Com isso, procuro meu celular e ligo para Sandra, sendo atendida em segundos; "Oi, filha." — Ouço sua voz e percebo que ela estava ofegante. — Está ocupada? — Me viro de lado na cama, ficando de costas para a porta do banheiro.

"Não, eu só estou na esteira...— Ouço uns
bipes. Deduzo que ela estava desligando o aparelho e solta um suspiro. — "Tomou a decisão ou...

— Eu quero os conhecer, mãe.— Falo. A ligação fica em um completo silèncio. Passo a ponta da minha língua sobre meus lábios sabendo que ela deveria estar com uma cara nada boa. Quando eu estava prestes a dizer algo, ouço um
"uhum" vindo do aparelho.

"Certo, filha. Eu vou te apoiar nisso." Esboço um sorriso triste sabendo que aquilo era difícil para ela assim como era para mim.

Sandra sempre teve medo que eu encontrasse meus pais biológicos e esquecesse dela. Toda a minha infância, adolescência, e agora a vida adulta, foi assim, mesmo eu dizendo com todo
o meu coração que a amo e nunca deixaria de a amar. Scarlett apesar de mais superprotetora sempre foi a favor de eu os conhecer, algo que me deixava surpresa já que nunca pensei algo assim vindo dela.

— Você pode pedir para a mãe ligar para eles e falar que quero os conhecer? — Peço. — Eu acho que ainda não estou preparada para falar com eles por celular. — Confesso de forma tímida.

A lista dos Pênis | Wenclair Onde histórias criam vida. Descubra agora