11° Capítulo

22 5 0
                                    

Rose segura aquela corda com força e vai afrouxando vagarosamente pela janela, respira aliviada ao sentir que a mala tocou o chão lá em baixo.

Segue até a janela e olha para baixo vendo aquela mala cheia de souvenirs caros da mansão segura e pronta para que ela levasse embora.

Amarra a corda na beirada da cama e começa a descer por ela e ao chegar lá em baixo sai andando arrastando aquela mala que estava pesada demais para que ela conseguisse carregar.

Arrasta até ficar longe da mansão e pega seu celular vendo uma ligação:

— Oi meu amor, eu senti tanta sua falta.

— Eu peguei o helicóptero do meu pai para te buscar. Tenta chegar em um local plano onde seja possível pousar já que disse que não posso perto da mansão.

— Não fica sobrevoando por aqui perto não, não quero que te vejam.

— Por que?

— Porque eu... Estou meio que saindo escondido.

— Rose, está fazendo alguma coisa errada?

— Claro que não! O que eu faria de errado?!

— Sei lá, algo como a vez que roubou todos os talhares de prata da minha avó, ou as jóias da minha mãe, ou o carro do meu pai...

— Eu devolvi o carro.

— Porque foi presa.

— Não importa, eu estou fugindo de um psicopata.

— Vai deixar todos seus amigos aí?

— Eles nem são tão meus amigos assim, além do mais e se algum deles for um psicopata também?

— Está fugindo de um psicopata e ainda está levando sua mala?

— Minhas coisas são caras e você sabe que eu gosto de coisas caras.

— Sei até demais, já roubou minha casa umas três vezes, que a gente descobriu pelas camêras de segurança.

— Já te falei que eu mudei, sou uma pessoa nova. Eu não faço esse tipo de coisas mais, aquele dinheiro que você me dá todas as semanas para eu pagar o psiquiatra eu tenho usado para fazer terapias e aprender a lidar com a minha doença.

— Fico muito feliz de saber, meu amor. Você é perfeita, tirando a cleptomania. Estou te achando ofegante, está tudo bem?

— Estou arrastando uma mala muito pesada, eu devia ter trago menos coisas.

— Achei um lugar onde consigo pousar, vou te mandar a localização.

— Obrigada meu amorzinho.

— Sabe que pode contar sempre comigo.

Rose desliga aquela ligação e olha a localização que ele enviou e foi seguindo arrastando a mala em direção onde o helicóptero iria pousar.

Após longos minutos arrastando aquela mala, pode ver o helicóptero pousado a alguns metros, arrasta a mala em direção e um rapaz forte e alto, loiro dos olhos claros com traços britânico a ajuda a colocar a mala no helicóptero com dificuldade.

A encara apertando as sobrancelhas ao escutar barulhos de metais ali dentro.

Ela o abraça e sorrir afagando o rosto dele:

— Vamos sair logo daqui. 

Ele balança a cabeça e concorda sabendo que não tinha muitas opções já que estava ali e o piloto dá a partida.

Deu a Louca na Herança MalditaOnde histórias criam vida. Descubra agora