15° Capítulo

18 6 0
                                    

Acordo escutando aquele som de equipamentos hospitalares. 

Olho para os lados um pouco desnorteada e ao me dar conta de tudo que aconteceu, me levanto de uma vez surpresa por ainda estar viva.

Coloco a mão na cabeça sentindo dores e olho para os lados vendo aquele quarto de hospital vazio. Franzo as sobrancelhas confusa. Nem sei como cheguei até aqui.

Uma enfermeira entra e me observa enquanto chupa um chiclete:

— Como se sente?

— Confusa.

— Sabe que dia é hoje?

— Domingo?

— Terça-feira. Agora sabe! Lembra seu nome?

— Gabriella.

— Quantos dedos tem aqui? — Ela me mostra o dedo do meio.

— Um.

— Ótimo! Suas amigas te deixaram aqui, disseram que foi atacada por um animal, já te damos a vacina antirrábica.

— O que?

— Para não pegar raiva garota!

— Eu sei o que é essa vacina. Elas me deixaram aqui e foram embora?

— Sim, elas tem aula. E você também devia ir para aula, já que acordou.

— Eu já recebi alta?

— Você está me escutando?

— Sim.

— Me vendo?

— Sim.

— Então está ótima!

— Mas eu estou sentindo muitas dores.

— É só tomar um relaxante muscular que resolve. Pode ir embora!

Saiu andando.

Arqueio as sobrancelhas atônita.
Me levanto e saio dali...

Fui para escola após tomar todos os remédios para dor musculares que encontrei.

Chegando lá não vi nenhuma das garotas nos lugares onde costumam ficar.

Segui até meu armário e peguei meus livros e vejo Rose a alguns metros, corro até ela:

— Rose! Como conseguiu sair de lá?

— Oi miga, querida! Eu pedi meu boy para me buscar, os pais dele tem um helicóptero. O bofe é rico, gato, só que o pau dele é menor do meu clítoris...

— O que? Por que não nos ajudou?

— Ajudar? Por que? O que aconteceu?

— Tinham umas criaturas bizarras lá, elas mataram várias pessoas. Achamos que o Erick era um psicopata, mas ele não era, estava matando essas criaturas bizarras.

— Ah isso explica muita coisa! Nossa que peninha... Se eu soubesse dessas criaturas eu tinha ajudado. Quando pretende voltar lá? Tinha tantas coisas legais!

— Nunca!

— Nossa, que pena. Ainda bem que eu peguei alguns suvenires. Agora vou ir para aula, tem prova hoje. Beijo!

Saiu andando passando a mão no cabelo que sempre fica preso em um rabo de cavalo alto.

Olho confusa. Como ela foi embora de helicóptero e não percebemos?

Deu a Louca na Herança MalditaOnde histórias criam vida. Descubra agora