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Ravka, Os Alta, Pequeno Palácio Inverno
Observei Alina brincar de conjurar o sol, rolando a pequena bolinha entre os dedos, completamente desligada dos ensinamentos de Baghra. Como eu já imaginava, o tempo fez muito bem para suas habilidades.
— Acho que já está bom por hoje — falei quando Baghra queria entrar em outra matéria. — Vamos, Alina.
— Até amanhã, Baghra — Alina disse, se levantando aliviada e correndo para me alcançar, já que eu estava perto da saída. — Tenho que fazer mais alguma coisa hoje?
— Não... — falei, sentindo o olhar pidão sobre mim em seguida. — Pode ir, mas tem que voltar antes do horário do jantar.
— Obrigado! — ela disse, sorrindo e correndo para onde Malyen era treinado pelo próprio Botkin.
Não foi tão difícil convencer Aleksander de que pegar um órfão completamente fiel a Alina, treiná-lo para ser seu guarda-costas pessoal desde criança e ainda permitir que Alina tivesse o melhor amigo por perto era o melhor.
No início, não foi muito tranquilo por causa da rejeição de Malyen, mas Alina o colocou no lugar dele antes que aquilo desse mais dor de cabeça.
"— Eu sou Grisha, Maly, não tem como mudar isso e, mesmo se tivesse, eu não mudaria. Se você realmente for meu amigo, vai entender isso e não ficar me ignorando e evitando, como se eu fosse um bicho de sete cabeças. Mas se não conseguir, volta para Keramzim; minha consciência vai estar limpa porque eu tentei! — ela tinha falado tudo, apontando o dedo para o peito do amigo. — Eu sou Grisha, sou a conjuradora do sol, sou uma sankta viva! Lide com isso."
Eu, obviamente, fiquei mais que orgulhosa. Por algum motivo, eu tive medo que ela tentasse oprimir sua essência para agradá-la, mas Alina estava se tornando exatamente quem Ravka precisava.
Entrei no pequeno palácio, andando pelos corredores calmamente até chegar na sala com a porta de eclipse. Quatro batidas e a porta se abriu; Aleksander surgiu na minha frente.
— Entre — ele disse, dando espaço para que eu passasse entre ele e a porta. Olhei na sala e o quarteto elegante estava todo ali.
Zoya, Ivan, Fedyor e Nikolai.
— Onde está sua protegida? — Zoya perguntou. Respirei fundo para a encarar.
— Brincando.
— Brincar... Ela deveria estar treinando — Ivan murmurou. Apenas o ignorei, me colocando em um lugar próximo à mesa.
— Então está tudo certo para o baile? — perguntei e Nikolai acenou.
— Sabe, Aemma, por incrível que pareça, eu estou tendo dificuldades em encontrar uma companhia para o baile. O que acharia de ir acompanhada de um príncipe? — Nikolai perguntou com aquele sorrisinho convencido dele e se aproximando o suficiente de mim para pegar uma mecha do meu cabelo.
