Omega - Scaramouche.

Omega?!

Era uma tarde fria de Janeiro, e o pequeno novo-omega se contorcia no seu ninho.

"Ahh...ah" - gemeu, enquanto sua mãe passava a mão gentilmente sobre o seu abdômen - "Aiaiai mãe!Tá doendo!!!"

O primeiro cio do garoto tinha vindo com tudo, surpreendentemente 3 dias depois do seu aniversário, e sua mãe correu as pressas para arrumar um ninho e pegar o máximo possível de água e enquanto tentava confortar a criatura mal-humorada deitada na sua frente

"Calma menino, eu sei" - falou a mãe, calmamente" - A minha barriga também ficou um pouco dolorida no meu primeiro cio, mas daqui a uns dias, vai passar."

"E se não passar?" - disse, petulantemente, tentando manter sua respiração em ordem.
A barriga doía, era quase como uma cólica, e estava ainda mais sensível ao toque.

"Então, nós vamos no médico, simples. - disse, pacientemente - Olha para mim, e respira. - disse Miko, olhando o ômega que agora estava com um semblante cabisbaixo - "Ânimo, eu vou no mercado comprar sorvete e cobertores novos para você" - falou, dando um beijo na testa do menor - "Apenas relaxe e descanse, sim?"

"Tudo bem" - concordou o menor

A mais velha apenas sorriu e fechou a porta do quarto, deixando o ômega no seu ninho, junto com a escuridão e os seus pensamentos.

-

Scara acordou de repente, sobressaltado, pensando ter ouvido um barulho

"Mãe?" - disse, hesitante

"Ela não chegou ainda, como sempre" pensou, revirando os olhos em seguida

Colocou uma das mãos na cabeça, de repente sendo atingido por uma dor de cabeça insuportável

"Ai." - Gritou internamente, até ali, ele estava odiando o seu gênero secundário

Ômega, Ômega! - Pensou consigo mesmo, se cobrindo ainda mais com os lençóis e cobertores.Nunca havia passado pela sua cabeça que ele poderia ser um, embora fosse uma possibilidade, ele sempre pensou que seria um beta, ou se desse sorte, um alfa.

Alfa...
Alfa...

Ah, alfas, apenas o pensamento o causava arrepios, ele poderia apenas...

Não! - pensou, sacudindo a cabeça violentamente
Eu não vou cair nessa.

- Segura a onda, segura a onda. - sussupirou, tentando levantar - Não é hora pra isso, apenas foque no barulho.

Tentou ao máximo ficar em pé sem cair, enquanto caminhava até a porta, passando pela bagunça do quarto

- Eu arrumo depois. - murmurou, entredentes.

Estava na metade do caminho quando, parou antes de tocar na maçaneta e finalmente pensou:

"Por que diabos eu estou indo checar o barulho?Seja lá qual for o demônio que esteja lá fora, quero mais é que ele se foda, eu vou dormir." - concluiu.
Depois de trancar a porta e voltar para o relaxante conforto do seu ninho, ele certamente não admitiria, mas era simplesmente incrível deitar naqueles lençóis cheirosos e cobertores quentinhos enquanto abraçava suas pelúcias macias

O pequeno ômega deitou novamente, satisfeito, se enrolando ainda mais nos cobertores, enterrou a cabeça no travesseiro, enquanto lentamente, caía no sono...

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