One night love - Simoraya

Testamento

Soraya

No dia seguinte acordei cedo, por causa do barulho horrendo que estava no andar de baixo. Me levantei pê da vida e fui ver o que era, e não era nada mais nada menos que minhas três irmãs dando uma festa para minha mãe.

- Gente vocês viram que dona Irene tá com um garotão, gente que horror, podia ser filho dela.

- Ai Maria Eugênia, o que, que tem é normal.

Disse Maria Luiza

- Maria Luiza acha tudo normal, a gente não consegue desenvolver um assunto com ela.

Maria Eugênia disse em tom de deboche

- A tá bom, e agora ter assunto é ficar falando mal da vida dos outros?

- Ué? Você quer que eu fale de que? Eu vou falar da minha vida?

- Eu acho...

Maria Antônia começou a falar mas Maria Eugênia a interrompeu.

- Oh, oh,  Maria Antônia concorda comigo.

- Maria Antônia não concorda com você não, porque ela não é careta, ela tem filho gay.

- Que???

Maria Antônia perguntou surpresa

- Eu não sou careta.

Maria Eugênia disse se levantando do sofá, e Maria Antônia foi em direção ao seu filho para tirar satisfação.

- Ai gente, pelo amor de Deus, será que eu não consigo ter um minuto de paz?

Disse meu pai enquanto batia na mão de Maria Eugênia que tentava roubar um docinho da mesa

- Para Maria Eugênia, meu Deus do céu, isso daqui é pra depois do almoço.

Fui subir as escadas na esperança de que ninguém me visse, mas foi em vão.

- Soraya minha filha, que bom que acordou. Faça o almoço para nós.

- Bom dia papai, faço sim.

Eu disse depositando um beijo no rosto do homem para logo em seguida ir em direção a cozinha.  Em poucos minutos fiz tudo.

- Minha chefe preferida.

O homem disse assim que me viu chegando com a comida até a mesa

- É só um hobby, pai!

- A vida dela inteira é só um hobby.

Disse Maria Eugênia, na intenção de me implicar. Desde que eu nasci ela implica comigo, afinal eu tomei seu posto de filhinha do papai

Coloquei as panelas na mesa e a mulher foi a primeira a se servir, ao abrir as panelas ela viu que eu havia feito camarão.

- Ah não, camarão?

A mulher disse um tanto frustrada

- Eu sou alérgica.

- Eu sei!

Eu disse sorrindo

E a discussão se instaurou naquela mesa.
Mas logo meu pai resolveu tudo, me colocou pra fazer um ovo pra Maria Eugênia e tudo se resolveu. Era hora dos parabéns, todos estavam reunidos em volta da mesa, desde os filhos até os bisnetos, meu pai estava muito feliz.

- Vai papai, faz um pedido.

Maria Luiza disse sorrindo

- Pai, o que você mais quer na sua vida.