Capítulo 2

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Alessandro

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Alessandro

"Pirou, Alessandro?", adverti a mim mesmo, mentalmente, pela idiotice que quase ocorreu.

Curvado, com as duas mãos apoiadas sobre a pia, puxei muito ar para dentro dos meus pulmões e o expeli todo de uma só vez pela boca.

Até então, aos 38 anos, nunca havia vacilado e não poderia ser naquele momento; e outra, a garota era jovem demais. Aparentemente, não passava dos 21 anos.

A merda era a energia dela transitando no meu corpo, inundando-me de sentimentos bons. Era como relembrar episódios felizes de algum período do passado. Aqueles momentos que geralmente transbordavam de saudades.

"Sensação maluca!"

— Salvo pelo gongo. — Alucinado de tesão, nem pensei em pegar um dos preservativos na carteira. Estava prestes a cometer uma cagada das grandes. Não fazer questão da camisinha com uma parceira, ainda mais sendo uma estranha, foi inédito em minha vida.

Nunca poderia me esquecer de que era proibido negligenciar a proteção na hora do sexo. Um erro tremendamente absurdo. Em hipótese alguma deveria ter relação sexual sem a devida proteção.

Mas o foda era o cara lá embaixo entender. Pulsava na mesma proporção do meu coração dentro do peito, implorando pela garota com ares de anjo, do outro lado da porta. Tremia como um louco. Meu corpo estava em chamas, dificultando encontrar o equilíbrio para aquele descontrole sexual.

— Ale, você está aí dentro, cara? — a voz distante da Ellen rompeu meus pensamentos. Rapidamente abri a torneira; as derradeiras gotas de água vieram para dar um tapa no rosto, ombro e peito, no intuito de sumir com o cheiro e vestígio de sexo.

Como já mencionara, a Ellen era minha prima de coração e consideração. Meus tios, os pais do Harry, a adotaram com um ano de idade. Além de ser uma mulher desencanada, aos 41 anos ela vivia a vida perigosamente, livremente, sem pudor e cobranças. Competente no âmbito profissional, recebeu do meu pai a responsabilidade de ser administradora de todo o haras e ele também desejava dar-lhe o título de nora. Apesar de me esquivar constantemente, tinha de admitir que gostava de estar com ela nas horas vagas, mas coloquei minhas condições de uma relação exclusivamente sexual e sem compromisso algum. Transámos quando eu vinha por estas bandas, nos curtíamos, mas cada um com a sua vida.

Ela topou de imediato, porém mediante uma ressalva: sua única exigência era eu não me meter com mulheres da região. Não foi possível cumprir com o pacto, pois algumas mulheres de Ocala passaram pelo meu crivo. Só assegurei o sigilo para evitar desavenças na família. Reconhecia sua importância por ali; e, segundo, achava justo. Por isso a higiene minuciosa. Ela tinha a mania de ficar se esfregando, cheirando-me. Se desconfiasse, criaria caso e não estava disposto a arranjar confusão.

NÃO TE DEIXAREI PARTIROnde histórias criam vida. Descubra agora