MAL BOCEJEI E UMA PILHA DE PAPÉIS FOI JOGADA NA MINHA MESA.
-Dois homicídios sem pistas, rastros nem nada.- Rob jogou a pasta na minha mesa. -Boa sorte com isso, gata.
Revirei os olhos diante de seu comentário.
Robert Kreene era um grandíssimo filho da puta, machista e homofóbico. Família rica, corpinho malhado, branco e loiro dos olhos azuis. Um grande privilegiado que trabalhava na polícia para manter o esquema de corrupção funcionando.
Eu era investigadora na Central da Gotham City Police Departament, que ficava em Sommerset. E sempre fiquei com o turno noturno, ou seja: investigava os crimes mais fudidos.
-Se eu matar você me ajuda a cremar.- Renee se aproximou.
Renee Montoya era uma investigadora durona por ter aguentado tantos putos desde a academia. Eu me formei em Central City, então não conhecia nenhum deles quando cheguei aqui.
-E eu apago os registros eletrônicos.- Barbara sorriu se aproximando.
Ela era famosa na polícia e na cidade de Gotham. Barbara Gordon, a filha do antigo Comissário de Polícia de Gotham City e que estava a um passo de ser comissária também. Ela era muito boa com computadores e coisas do tipo.
-Valeu gente, mas no momento eu seria a principal suspeita.- suspirei e abri a pasta.
Vítima um: Jocelyn Rones. Trinta e um anos, encontrada no Robinson Park há dois dias. Na autópsia constataram a falta do cerebelo.
Vítima dois: Marie Potts, vinte e oito anos, encontrada na Ace Chemicals há quatro horas. A autópsia não tinha saído ainda, mas os oficiais que encontraram o corpo afirmaram ter um órgão dentro da boca dela.
-Eca.- fiz uma careta. -Esses assassi-
-Allen!- meu chefe gritou. O Tenente Evans, um cara legal mas com certos problemas. -Tire essa coisa de mulher daqui!
Suspirei e com minha mais monótona voz, falei:
-Isso é café ao leite, chefe.
-Tire daqui, o cheiro é horrível.- ele bufou.
Franzi as sobrancelhas e subi até o terraço com o café e meu celular. A brisa era gelada mas minha blusa de frio dava conta disso.
Bebi um gole do café com chantilly e chocolate e desbloqueei meu celular. Mas antes que eu pudesse mexer em qualquer aplicativo, recebi uma ligação de meu irmão.
-Perito.- o cumprimentei.
-Investigadora.- ele rebateu. -Como vai a minha irmã em Gotham?
Sorri ao escutar sua voz.
-Bem. Embora tenha aparecido uma coisa estranha para mim hoje. Dois homicídios interligados por um órgão.
Fiz uma careta. Era muito nojento.
-Quer minha ajuda? Sabe que chego aí em dois segundos.
-Está sob controle até agora.- dei de ombros.
-Tem certeza? Raya Bae Allen geralmente não sabe quando pedir ajuda.
Revirei os olhos e suspirei.
-E Bartholomew Henry Allen não sabe quando não se intrometer.
Escutei ele bufar e ri.
-Detesto quando me chama assim.
-É meu direito de nascença, Barry.- o alfinetei.
-Mas tem certeza que não quer me ver? Estou com saudade.- ele resmungou.
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FanficUma nova ameaça chamada O Rei de Copas - um misterioso e agressivo vilão - surge na cidade de Gotham City. E para detê-lo, a Investigadora Raya Bae Allen precisará de uma improvável ajuda: a do famoso vigilante Batman. Raya não gosta muito do mascar...