Capítulo 8

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Uma semana depois, Lena é arrastada para fora para passear com Kara.

Elas estão voltando lentamente depois de vagar por horas. A loira a levou a todos os lugares bonitos que ela podia pensar. Uma pausa muito necessária do trabalho, uma lufada de ar fresco e belas paisagens. ideia dela.

Lena aprecia isso. Ela aprecia Kara Danvers.

Ambas compartilham algodão doce e bebem café enquanto caminham de volta pelo parque iluminado com luzes coloridas. Eles estão voltando todo o caminho, porque Kara quer mostrar a margem do rio de sua Cidade Nacional.

— Lena, me dê sua mão! — Kara diz de repente, parando ao lado de um poste de luz e estendendo a mão como se estivesse indo para um aperto de mão.

Lena levanta as sobrancelhas e coloca a mão na de Kara.

Kara puxa o braço de Lena para cima e para baixo, passa a mão entre as suas e envolve seus dedos em formas estranhas.

— Esquerda, direita, cima, baixo, bam, bang, pow! — ela diz para pontuar cada movimento brusco, terminando-o com um soco de punho estranhamente flácido.

— O que você está fazendo?

— Este. É o nosso aperto de mão secreto. — Kara responde, como se fosse óbvio, e ajusta o boné de beisebol preto em sua cabeça. — Precisamos de um!

Lena sorri.

— Como vou me lembrar de tudo isso? — Arqueia a sobrancelha deixando a pequena Danvers nervosa.

— Eu hug... — Kara franze o cento adoravelmente confusa. — Eu já esqueci, vamos fazer um novo. —Kara diz enquanto pega a mão de Lena nas suas novamente.

— Kara! — Lena ri sem fôlego, tentando acompanhar.

Uma das melhores coisas sobre Kara é que é tão fácil rir com ela. Há muitas vezes em que elas estão rindo, a Luthor esquece a conversa e não sabe por que está rindo, ela só sabe que seu coração está feliz e seu sorriso não é filtrado e não há nada que ela possa fazer a não ser se permitir, perder ela mesma em Kara e essa felicidade que parece tão real que ela nunca terá que procurar nada além do que já tem.

Eventualmente e inevitavelmente, depois de cinco minutos inventando movimentos e memorizando, Lena acerta com Kara. E se alguém as visse - duas mulheres adultas batendo os punhos e apertando as mãos intensamente no meio do parque, bem. Lena realmente não se importa, porque uau:

— Um aperto de mão secreto entre uma Super e uma Luthor. Nós somos tão legais. — Kara sorri largo e adorável, e Lena realmente quer tanto beijar essa pessoa que se mantém quieta para não fazer nada, como agarrar o colarinho de Kara para beijá-la. — O derradeiro aperto de mão secreto, construído meticulosamente por nós. Você foi muito bem. — E é ridiculamente bobo, mas Lena sorri.

Mais tarde, elas descansam, sentadas lado a lado na pastagem, o rio manso bem na frente delas. É bonito, a forma como a água reflete as luzes azuis, vermelhas e verdes dos prédios.

— Ei, Lena?

— Sim? — Lena diz, os cantos de sua boca puxando um pouco para cima.

— Hey... Olá você. — Kara sorri, primeiro com os olhos, depois com a boca. Ela é linda. Lena sempre pensa isso, e às vezes pensa alto. Isso faz Kara corar.

Lena morde o lábio.

— No que você está pensando?

— Alex. Kelly. J'onn. Você... Todo mundo.

— E o que eles dizem...?

— Estes não são pensamentos novos, eu apenas gosto de pensar sobre isso. É... família. A mão de Kara aparece, colocando mechas bagunçadas de cabelo atrás da orelha de Lena. Lena para de respirar um pouco. O polegar da loira se move, suavemente roçando sua pele atrás da orelha de Lena, e descendo seu cabelo até o lado de seu pescoço. O coração de Lena meio que dói. Este gesto parece tão íntimo. Ela se sente tonta, apenas um pouco. Lentamente, seus dedos alcançam e encontram a coxa de Kara, dedos encontram a bainha de sua camisa. - Estou apenas feliz. Eu tenho você e os Superamigos. Todos nós temos uns aos outros. Isso é a minha família. — Lena sorri.

— São pensamentos adoráveis.

— Obrigada. Cuidado, eu os tenho às vezes!

— Isso é incrível, isso exige uma celebração. Quer comemorar?

— Siiiim! Eu quero potstickers. — Kara responde rápido.

Um largo sorriso se espalha no rosto da Luthor, e ela ri, sem filtro, não pode se conter. Abre os olhos e, por um momento, há algo na maneira como Kara está olhando para ela.

É inexplicável. Lena acha que já viu antes - não, sabe que já viu, por causa do jeito que faz seu coração bater e bater e vacilar . Não é a primeira vez que ela vê assim. Então Kara pisca, e se foi, assim, e não é a primeira vez que Lena fica imaginando, curiosa, esperançosa.

— Ok, hum. Potstickers mais tarde e talvez com uma foto nossa porque eu preciso de uma nova tela de fundo pro meu celular. — Kara diz, piscando os olhos bonitos por trás dos óculos. — Quer tirar uma foto comigo, Lena? A vista aqui é linda...

Lena lança um sorriso exagerado e sinal de mão no primeiro.

— Ah não! Nem pensar! Eu odeio fotos!

— Lee, fala sério! Por favor! Por mim! — lamenta Kara.

— Não Kara! Eu não vou... — Lena fita desacreditada o maldito beicinho pidão se formando. — Nem ouse fazer essa cara pra mim! — Lena agora pode ver lágrimas se formando. — Não! Eu não vou -Kara! Ai meu Deus!

No segundo seguinte, Kara está batendo toda feliz a dita foto com Lena, com ela em seus braços.

E a Luthor Bufa. Quando se tornou tão mole. Espiou a foto por cima do ombro dela e sorriu. A foto tinha mesmo ficado linda.

Lena agora se esforça para não pensar nos casais perto deles tirando fotos nesta plataforma.

Deite comigo querida...Onde histórias criam vida. Descubra agora