Crime Favorito | Drarry

Capítulo 7

Capítulo 7

Pov. Draco

Puta que pariu, eu descobri quem é minha alma gêmea e ainda por cima a sequestrei. Merda, e se ele não gostar de mim? Eu realmente não sei o que ele vai pensar.

No momento, estamos voltando para casa, porém agora com duas pessoas a mais. Cedric e Blaise realmente se encantaram com o ruivinho e resolveram levar ele junto. Eu não pude opinar já que também estou sequestrando o amor da minha vida.

No momento ele está no meu colo, com a cabeça em meu ombro. Eu já tirei o saco da cabeça dele, mas pelo que percebi ele desmaiou. É muito bom tê-lo em meus braços. É tão pequeno, parece que foi feito para mim. Seus cachos estão fazendo cócegas de leve em meu pescoço, junto com sua respiração. Ele respira calmamente, parece estar tranquilo e seguro. Ele realmente esta seguro, nunca deixaria alguém machucar meu ômega.

Blaise não está mais dirigindo, agora ele e Cedric estão do meu lado com o ruivinho no colo. Não entendi bem o motivo, mas o garoto até agora não parou de chorar. Eles iram levá-lo para a mansão deles. Provavelmente depois de se acalmar irão conversar e pelo que Cedric disse, ambos querem marcar o garoto.

Não entendo muito bem sobre isso, já que eles são alfas comuns e acabaram de conhecê-lo, mas eu também acabei de conhecer minha alma gêmea e sei que faria de tudo para tê-lo só para mim.

Tom está dirigindo no momento, ele é um dos meus companheiros desde a infância. Estudávamos na mesma escola e sempre fomos unidos.

Eu não sei o que irei fazer de agora em diante, passei grande parte da minha vida só em busca do garoto que eu tenho em meus braços agora. Ele é tudo que eu pedi e mais um pouco. E o melhor de tudo é que ele foi prometido para mim. Minha alma gêmea, a metade da minha laranja, a tampa da minha panela, enfim, vocês entenderam.

São os mesmos olhos verdes que eu queria, o mesmo cheiro doce, mas não do tipo enjoativo. Tem as mesmas características, parece que foi escolhido a dedo. Não deixo de reparar em seu corpo, mas sem malícia. Percebo que ele tem algumas marcas nos pulsos, pretendo conversar com ele, mas não irei forçá-lo a falar nada que não se sinta confortável.

Realmente, ele é tudo que eu sempre quis, acabei de conhecê-lo e sinto como se pudesse morrer por ele, e eu posso. Minha vida está nas pequenas mãos dele, se ele não quiser ser meu, eu morro.

Espero que ele saiba que não irei ficar bravo se caso ele não me quiser. Afinal, provavelmente ele já ouviu muitas coisas ruins sobre mim, isso pode tornar as coisas mais difíceis para nosso futuro relacionamento.

Não posso deixar de sonhar, eu quero ter uma família com o pequeno garoto em meu colo. Não ligo se não sei nem seu nome ainda, isso é apenas um pequeno detalhe. Estou parecendo muito sonhador, porque eu estou sonhando muito. Assumo que tenho medo de acordar desse sonho e perceber que nada foi real.

Eu quero casar com ele, ter filhotes e marcá-lo. Ele ficaria lindo com a minha marca na sua clavícula, com nosso filhote em seu ventre e andando pela nossa casa de meias. Me sinto em um clichê perto dele e talvez ele nem me aceite.

Na minha mansão, nossa, se ele aceitar, tem um jardim realmente extenso. Eu consigo imaginar ele fazendo um piquenique lá. Consigo ver ele correndo pelos campos de jasmim e sorrindo alegre, na minha imaginação ele está esperando nosso filhote. Não consigo evitar sempre pensar em um filhote, é meu sonho.

Sempre quis ter uma cópia minha correndo pela casa, sem me importar com a raça dele ou o sexo. Quando eu era mais jovem costumava conversar com minha mãe sobre isso, se for menino seu nome será Nikolas e se for menina Beatriz.

Entendo se meu ômega querer outros nomes, afinal, ele quem irá carregar nosso pestinha por nova meses. Ou talvez ele nem queira engravidar, isso não será um problema, poderíamos adotar. Eu faria qualquer coisa para ver ele feliz.

Quando olho pela janela vejo que estamos perto de casa. Aquela mansão que antes era vazia e triste agora vai ter um ômega para alegrar o lugar. O meu ômega.

Me sinto orgulhoso de poder chamá-lo de meu. Eu sei que ele ainda não tem minha marca, mas espero que isso não demore muito, esperei vários anos para isso.

Percebo que o ruivinho ao nosso lado já está chorando menos, provavelmente Cedric e Blaise usaram seus cheiros para acalmá-lo. Talvez eu não tenha dito, mas eles são um casal também. Muitas vezes nós chamávamos eles de Blasdric.

Para alguns pode ser estranho dois alfas serem um casal, mas isso é uma coisa comum, ao menos para mim. Eu aceito a todos, não tenho motivos para julgá-los.

Vejo Tom estacionar a van na entrada da minha casa e descer para abrir a porta. Meu ômega ainda está dormindo, então levo ele no colo para dentro da mansão.

Agradeço ao Tom por abrir a porta da van e a de casa também. Logo quando ele sai, eu respiro e tento colocar todos os meus pensamentos em ordem.

Agora eu tenho um ômega em meus braços, que está dormindo e provavelmente vai surtar quando acordar e não souber onde está. Sem pensar muito carrego ele até meu quarto, a cama é queen size e está totalmente arrumada com os lençóis brancos. Coloco ele na cama com cuidado para não acordá-lo.

Dou um beijo em sua testa e não consigo evitar que um sorriso saia pelos meus lábios, estou orgulhoso por ter algo tão precioso pertencendo a mim.

Queria poder desejar bons sonhos para ele, mas tenho medo de que ele acorde. Então apenas faço um carinho em seus cabelos e logo depois vou até a porta, saio pela por ela e a fecho com cuidado para não fazer barulho. Suspiro me sentindo leve, depois de tantos anos a pessoa que é digna do meu amor está na minha cama e é perfeita. Toda essa espera realmente valeu a pena.