Es tu pecador!

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Miguel acordou com uma dor imensa em seu rosto, local onde levara uma cotovelada antes de desmaiar. Ele massageava o local em busca de aliviar a dor, mas não passava, no entanto era suportável. Se levantou aos poucos tentando se recordar do que acontecera pouco antes de desmaiar. Lembrou do homem que caminhava na direção de Leon com uma seringa. Desesperado se ergue do chão:

— Leon!

Olhou para frente onde o loiro deveria estar desacordado, mas não havia nada ali. Apenas os destroços das caixas, que foram atingidas pelo corpo do agente. Virou para trás à procura do homem que haviam encontrado dentro de um saco, mas este também não estava ali. Somente ele continuava lá, o que ele estranhou:

— Por que levaram apenas eles e me deixaram aqui? - Questionou com a mão no queixo com as sobrancelhas franzidas. Sua mente tentava formular uma teoria para ter acontecido o que aconteceu, mas nada parecia fazer sentido. Por fim, desistiu, tinha prioridade agora. — Tenho que encontrá-los.

Miguel suspirou passando a mão pelo pescoço que doía um pouco. Recolheu a sua lanterna e a de Leon, a pistola do mesmo e, por fim, sua katana. Deixou o chalé em frente ao lago, parando na entrada para verificar a terra atrás de vestígios de pegadas. Apesar de ter uma ideia de onde estavam, era bom sempre verificar. E ele estava certo. As pegadas seguiam exatamente para onde deduzia que Leon e o espanhol estavam. Sem demora, seguiu até lá rapidamente.

•°•°•°•°•

Cordeiro do sacrifício.
Você receberá o corpo mais sagrado.
E começa, agora.

Leon desperta ofegante, como se tivesse acabado de sair do pior pesadelo que já tivera. Ele começa a analisar o próprio corpo, vendo que seus braços estão estranhamente colocados para cima, estranhando, ergueu seu olhar percebendo que seus pulsos estão presos em algemas acopladas a correntes presas ao teto:

— Que porra é essa? - Resmungou, puxando fortemente seus braços para baixo, mal notando que aquilo puxara os braços do ser atrás de si.

— Aí, para! - Reclamou para o loiro que o olhou de canto. Girou o corpo para ficar de frente para o estranho atrás de si. — Oye, yanqui, seu nome é Leon, certo? - Se afastando do espanhol e segurando na corrente, lhe lançou um olhar de indagação.

— Como sabe meu nome?

— Eu ouvi o seu amigo chamá-lo assim quando aquele cara te atacou. - Falou e Leon arregalou os olhos, passando a procurar por ele pela sala. — Ele não veio com a gente. Eu vi. Ele foi o único que deixaram para trás. - O loiro se acalmou, mas ainda precisava ir atrás do amigo. Tinha acabado de o achar e já perdeu ele de novo.

— Eu preciso acha-lo. - Murmurou caminhando um pouco para o lado segurando firmemente a corrente. Aquilo deixou o espanhol curioso. Na situação em que estão, presos e correndo o risco de morrer, o loiro está mais preocupado com o amigo.

— Você se importa bastante com o rapaz hermoso, né? - Leon rosnou, se movendo rapidamente para o outro lado puxando com força as correntes.

— Ou, pode parar! Você mexe, eu mexo… - Reclamou sentindo seus pulsos doerem. — e já tô bem surrado!

Leon parou seguindo com o olhar até onde as correntes vão, observado que preso ao teto havia um trilho de corda, a corrente passava por ele e seguia até o espanhol. O loiro puxou novamente ainda olhando para cima:

— Entendo como você pensa. - Disse observando o mesmo prosseguir puxando a corrente. — Já deve ter vivido situações parecidas, né? - O agente apenas ouvia o monólogo do espanhol, não se dando o trabalho de responder. Tinha que encontrar Miguel novamente antes de ir atrás de Ashley. — Eu acho… que veio à procura de alguém… talvez aquele rapaz que estava com você ou, talvez, uma señorita sumida? - Leon parou e lhe encarou.

𝚈𝚘𝚞 𝚊𝚗𝚍 𝙼𝚎 𝚊𝚜 𝙾𝚗𝚎Onde histórias criam vida. Descubra agora