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— Está atrasado!
Os olhos de Vinny caíram sobre a gerente de maneira devastadora, talvez se tivesse raio lazer naquele instante a teria cortado ao meio sem pensar duas vezes. Seu humor estava péssimo, não que em algum momento estivesse muito bem, mas sentia-se ainda mais detestável e no fundo sabia bem o porque, ver Jihye saindo com Minu foi como um verdadeiro soco no estômago, ou na cara para melhorar. Odiava todos aqueles que ousassem chegar perto e se perguntava que porra estava acontecendo consigo? Quando foi que uma garota como ela passou a incomoda-lo tanto com as suas decisões e atitudes, afinal, era livre para agir e reagir como desejasse.
Suspirou, soltando ar quente pelas narinas como um touro bravo, sabia que dependia daquele emprego, ainda que odiasse limpar e servir mesas, ali pagava bem o suficiente para que a mãe não precisasse mais se esforçar longe de casa e enfim pudesse cuidar da saúde debilitada que tinha. Flavors¹ era um bom restaurante, o melhor da região de Gangnam, espaçoso, móveis em madeira, balcões em preto, branco e prata, tinha até mesmo uma enorme ilha de frutos do mar no meio do salão, disponível para os engomadinhos endinheirados que frequentavam o lugar, como gostava de dizer. Admitia que não era seu lugar, estava longe de ser, ali tinha que ser o Vinny pacífico, aguentar todo tipo de merda de gente que pensa que dinheiro compra tudo, eles pisoteiam e machucam aqueles que são diferente deles e tudo pela maldita superioridade, Vinny sabe que está longe de ser igual a todos, é visto como uma verdadeira aberração por ter nascido diferente. (Fodidamente gostoso, Glórias)
— Vá limpar! - A mulher que estava em seus trinta anos era como os outros, carregava um titulo que achava estar acima de todos, era só mais uma idiota que tinha mais e mais trabalho para fazer. — Limpe antes que comecem a chegar, hoje vamos receber uma família e preciso de tudo brilhando, não quebre nada ou vamos descontar.
— Quando é que você não desconta?
Ele pegou o esfregão e saiu da vista da gerente, conseguia sentir o coração batendo na garganta, as batidas ecoando nas orelhas, odiava aquele lugar, odiava aquelas pessoas, desejava afundar o maldito nariz empinado de cada um, odiava Minu por tocar em sua garota também.
Yoon Minu
— Trégua? - Minu perguntou quando sairam as pressas do fliperama. — Temos que comer ou eu juro que vou morrer aqui.
— Porque? Foi você quem venceu, três jogos. - Ela sinalizou o numero com os dedos, indignada por ter pedido ate na sinuca, sempre jogava com os homens do seu pai e agora começou a imaginar que eles só a deixava vencer por ser filha do chefe. — Estou devastada.
— Jihye Kang não sabe perder? - Um suspiro e um beicinho adorável o fez girar nos próprios calcanhares, agradecendo a Deus por ter tido a chance de ver aquela imagem tão significativa.
— Eu sei perder, mas você não me deu chance nenhuma.
Minu se aproximou dela, as mãos foram parar em seu rosto apertando as bochechas para ver o bico se formar naqueles lábios em formato de coração.
