CAP.2-VERGONHA

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Quando saio pela porta sinto meu braço sendo puxado com força.

— Escuta aqui eu já pedi várias vezes para a senhora Lina não expulsar você, mas está ficando difícil.

Enquanto ela falava mais apertava meu braço.

— Não vai falar nada ?

— O que eu falaria ?

— Pelo menos finja que está arrependida.

— Não consigo pois não me arrependo.

— Não se arrependa, você mordeu ela a ponto de tirar sangue.

— Ela que começou...

Mais um tapa.

— Calada eu sei o que vai falar e sei que vai menti

— Eu nunca menti para a senhora se me deixasse contar o que realmente aconteceu.

— Eu sei a verdade, você persegue aquela garota e atormenta ela.

— O que ?

— Eu conversei com ela e os pais dela e ela contou tudo e as coisas que você faz são horríveis.

— Eu não.

— Não o que ? Nunca a empurrava das escadas, inventava mentiras sobre ela, batia nela e muito mais.

— Mãe se a senhora.

Ela me puxou pelo braço e sai me puxando até o carro.

— Eu pensei que poderia conversar mas vejo que é impossível.

Fala abrindo o carro e me jogando no banco.

— Você será transferida de colégio, sua sorte é que as férias começaram e deveria agradecer que aquela família aceitou um acordo senão você se daria mal.

Todo o caminho até a casa ela me insultava e reclamava e eu só conseguia ficar calada e segurando o choro.

Ao chegarmos em casa, entro em casa após ela abri a porta quando subia as escadas sinto uma dor enorme nas costas quase cai quando me recuperei da dor olho para trás e vejo minha mochila caída no chão.

— Leva esse lixo para aquele lixão que chama de quarto.

Eu havia esquecido da mochila e nem percebi que estava com ela.

— Aurora.

Olho para ela.

— Eu tenho vergonha de você.

Aquilo doeu e eu queria chorar mas segurei.

Enquanto me abaixava para pegar a mochila escuto a porta fechando com força olho para cima ela havia saído.

Minha mãe conhecida como Adalia uma mulher bonita de cabelos curtos e pretos mas o que tem de linda tem de péssima mãe.

Subo as escadas e vou para meu quarto, tomei um banho e deitei na cama tentando me livrar desse sentimento horrível.



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