I - Besta sem Sentimentos

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[AVISO DE GATILHO]
Essa história possui abuso e agressão sexual.

Palavra dita é palavra cumprida. Aqui estou eu com uma fanfic do Offenderman para vocês.

Antes de ler, devo avisar: Se você veio aqui a procura de algum "Hot" para se "divertir" à noite... Pode dar o fora. Isso aqui é a MINHA visão dos personagens, que diga-se de passagem, é bem diferente da palhaçada que a fandom criou.
Essa história NÃO é um romance.
Isto é uma história séria sobre um personagem que NÃO deveria ser romantizado.

De qualquer forma, se decidir continuar lendo, divirta-se. Eu realmente me esforcei pra fazer essa, até fiz uma capinha pika 🤘

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"P... P-Por... Fav... P... Pa... P..."

Estas foram as últimas "palavras" acompanhadas do último suspiro da mais nova pobre vítima de Offenderman. Digamos que ele não fosse tão romântico quanto dizem por aí. Muitas pessoas se indagam do porquê de ele cometer tais atos não consentidos... Na verdade, se indagam do porque a tal "Família Slenderman" pratica tais atos. Slenderman atrai vítimas e consome sua carne, também hipnotizando pobres humanos com doenças mentais para serem seus servos, Splendorman que traz alegria para crianças - ou pelo menos trazia; pois devido os acontecimentos passados, pode-se dizer que não se sabe bem o que tem feito ultimamente -, tudo isso para ter um propósito...

"Propósito" é uma palavra engraçada para essas criaturas. Ninguém sabe bem de onde ou quando eles apareceram em nosso planeta... Alguns juram que fazem centenas de anos, outros apostam ser menos de décadas, independente da data, não muda o fato de nem eles mesmos saberem o porquê de estarem nessa terra. Seriam eles deuses? Talvez algum demônio? Não sabemos.

Certo, mas... Porque Offender faz isso? Porque, neste momento, por mais que a jovem não esteja viva, ele continua fazendo isso com seu corpo?! Para isto, eu posso te dar uma resposta: O sentimento. Toda essa "Família" fazia essas coisas para poder sentir alguma coisa. Slenderman sentia algo parecido com adrenalina, Splendorman sentia algo como um tirar de peso de suas costas (que, como vimos, não foi tão eficaz.) e Offenderman sentia prazer. Para eles, era como estar se afogando em um buraco de escuridão, e essas válvulas de escape que traziam os sentimentos para eles fosse um pouco de ar que podia-se respirar segundos antes de voltar a ser puxado para o fundo. Não vou dizer que Offender não tentou outras coisas, mas - infelizmente para as jovens -, a única coisa que lhe atiçou mais foi esse prazer momentâneo. E logo, o que era bom e começava como um jogo de sedução, de alguma forma incrivelmente consentido, se transformou em um vício sem fim.

Podemos simplesmente começar a odiar tal criatura, mas isso tudo era como um ato de desespero profundo. Imagine-se preso em uma caixa, aonde se tem alguns pratos. Na maioria, mal se tem migalhas, porém, em um deles há um pão. Se você pedir pelo pão, há vezes que você o terá, outras irão lhe recusar o pão. No começo, está tudo bem, mas quando o tempo passa, fica mais difícil de receber o pão... você sente mais e mais fome... O desespero sobe e tudo o que você quer é devorar este maldito pão para saciar sua fome. Por mais que você não vá morrer de fome, você precisa - ou pelo menos acha que precisa - daquele pão.

Sendo assim, Offenderman não conseguia parar com aquele vício horrendo. Ele estava na caixa, e não conseguia sair. Ele não iria viver lambendo migalhas. Ele iria conseguir o pão de um jeito ou de outro. Nem que ele precise forçar a vítima a algo que ela não queira, nem que ela sangre, nem que ela morra... Ele vai fazer isso. Ele precisa desse pão.

Desta forma, ele se encontrava na mesma situação de milhões e milhares de vezes antes... Uma bela moça ao chão, sem um respingo de vida. Uma jovem que tinha um futuro pela frente, quem sabe as vezes uma família. Quem poderia ser uma engenheira, mãe de família, ou até mesmo alguém que iria mudar o mundo...! Não fazia mais diferença agora o que ela seria ou deixou de ser, agora era só mais um cadáver inútil qualquer, que só iria esfriar e apodrecer aos poucos. Offender não se importava de cometer os abusos com um corpo gélido, só não lhe dava a mesma sensação do que quando elas imploravam aos soluços se contorcendo pela dor de sofrer o abuso. Era algo como a adrenalina, bastante viciante...

Assim como um tipo de ato de amor normal, lhe chegava o ecstasy. Lhe subia pelo corpo, arrepiava, deixava relaxado e calmo... Servia para lhe saciar por algum tempo. As vezes essa paz e prazer durava por algumas horas, nas melhores hipóteses, acalmava a fera por dias! Mas de qualquer forma, não fazia diferença. Após esse período, ele iria sentir a falta, a necessidade de sentir aquela sensação de novo e de novo. Ele já tentou se segurar, eu juro. Já tentou ignorar esse sentimento, essa vontade. No começo, até lhe deu uma certa culpa, no começo ele não era... Tão monstruoso quanto agora. Ele tem a consciência de que estaria tirando uma vida de uma pessoa inocente fazendo essas coisas, que estaria privando alguém que consegue sentir o que ele não sente de viver... Porém, a inveja e fornicação sempre são maiores. A vontade de também poder sentir alguma coisa, mesmo que por alguns instantes foi maior do que a penitência pela vida alheia. Provavelmente na primeira vez que cometeu esse ato ele disse "Eu nunca mais vou fazer isso", ou talvez "O que eu fiz?!", talvez até tenha corrido atrás de Splendorman pedindo ajuda pela situação, mas como as pessoas dizem: É melhor sentir tristeza do que não sentir nada. E foi com esse pensamento que Offenderman decidiu viver. "Eu vou fazer isso SIM, não importa quantas vidas eu tenha que tomar, eu vou SIM sentir prazer, eu PRECISO disso! Eles tem muito mais do que eu, eles estariam sendo o monstro de não me permitir sentir isso, essa é a contribuição deles para o mundo..."

E é assim que Offenderman vive, mas talvez, no fundo de sua consciência, tenha algo lhe incomodando, algo maior do que o prazer e a raiva. Talvez ele não seja tão monstruoso quanto ele parece. Talvez ele consiga achar uma resposta para sentir alguma coisa finalmente...

Continua...

Pétalas cor de Sangue - OffendermanOnde histórias criam vida. Descubra agora