Fim - As cores do céu

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Três meses haviam se passado.

Slenderman se esgueirava pela floresta, indo em direção à mansão de Splendorman, que agora, estava sendo concertada aos poucos. Se percebia os móveis antigos e quebrados ao lado de fora, também as janelas completamente abertas, incrivelmente o cheiro do incenso havia desaparecido quase que completamente.

Não demorou muito para Slenderman se-r recebido por seu isrmão mais velho, que agora vestia um terno branco com bolinhas, uma bela cartola branca com uma fita vermelha a qual segurava diversas flores. Sua máscara era nova, um pouco mais alegre... Digamos que não era tão sem vida quanto a antiga. Ele utilizava uma camisa preta com uma gola alta, em baixo do paletó branco, tudo isso para esconder o estrago que Offenderman havia feito em seu pescoço.

- Irmãozinho!! Como vão as coisas?! - Disse ele, em um semblante sorridente. Sua voz ainda estava um pouco grossa e rouca, mas assim como a casa, ele estava se concertando aos poucos.

Slender foi recebido com um caloroso e apertado abraço - de fato, ele havia ficado mais forte após tudo aquilo.

- Vamos, entre, vamos tomar uma xícara de chá!

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- Como vão as coisas, Splendorman? Vejo que está ajeitando sua mansão. - Comentou o mais novo, observando seus arredores. Não haviam mais tantos papéis de parede coloridos ou aleatórios, agora, eram apenas algumas paredes com cores claras e calmas e em algumas um ou outro papel de parede menos psicodélico e com cores claras. Isso de certo, provava quanto Splendorman havia mudado... Talvez a tal fase difícil tenha sido necessária para ele.

- Sim. Eu mesmo estou a concertando.

- Aonde estão seus proxies? - Splendorman colocou sua xícara na mesa, tal ato deixou Slenderman levemente nervoso.

- Eu não sei bem... Eu decidi não ir atrás deles... E imagino que não tenham ouvido a notícia da morte de Offenderman. Decidi não arranjar mais proxies ou fazer tantos trabalhos sociais quanto antes... Claro que me preocupo com eles, mas... Agora eu quero me concertar antes de qualquer coisa.

- Entendo... Eu não costumo ajudar, mas como suas circunstâncias são diferentes, eu lhe emprestaria alguns dos meus... Mas sinceramente, eles são muito irresponsáveis. - Com este comentário, Splendorman soltou uma risadinha. - E o que aconteceu com a jovem Janie? Não a vejo por aqui.

- Oh, bem, minha querida Janie... - O mais velho suspirou - Bem, vou lhe explicar o que aconteceu exatamente após eu ter matado o Offenderman.

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- Então, palhacinho, o que vai ser? - Questionou Zalgo, esticando a mão para Splendorman.

-... Qual é a pegadinha?

- Pegadinha?! Eu já disse que sou um homem de palavra! Eu fiz esse acordo com o Offenderman: Dou os poderes pra ele lutar e quem perder vira meu escravo. Dependendo do meu humor, eu daria um desejo a quem ganhasse e sinceramente, que batalha! - Ele bateu palmas novamente - Badabim, Badabum, você venceu. Vou te oferecer qualquer desejo. A final, nada é difícil para eu fazer.

Splendorman se virou para Janie e então, agachou a frente dela, colocando as mãos em seus ombros. - Janie, querida... Você não merece isso... - a garota olhou para baixo, já sabia o que estava por vir. Splendorman levantou seu rosto - Eu vou concertar isso tudo.

- Mas... Splendy... Você foi meu primeiro amigo na minha vida...

- Você vai poder fazer vários amigos, querida. Tantos que nem vai poder contar...

- Eu... Eu vou poder te ver de n-

- Dá pra vocês PARAREM com essa melação do caralho de uma vez? Tipo, eu tenho mais coisa pra fazer e isso tá chatoooo... - Interrompeu Zalgo, sendo um pau no cu como sempre. Splendorman deu um suspiro levemente irritado, então, levantou, soltando a mão de Janie lentamente.

- Zalgo, eu já tenho o meu pedido.

- Diz aí, meu consagrado.

-... Quero que faça Janie voltar a ser humana e que acelere o processo para eu conseguir minha sanidade completa.

- Nossa, que pedido bosta, mas okay.

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- Então eu me despedi da Senhorita Janie... Zalgo fez com que ela ficasse humana novamente, deixando ela em um hospital humano... A família dela a encontrou. A desculpa que Zalgo deixou no ar foi que "Ela fugiu de casa por pressão familiar, tentou se suicidar pulando da ponte e acabou no hospital sem memórias"...

- Espera, então... Ela esqueceu de você?! - Slenderman se exaltou levemente.

- Bem, parcialmente...

- Em que hospital ela está? Você não pode visitá-la?

- Eu não sei bem o nome dos hospital, mas optei por não entrar lá. Os médicos de lá me dão um arrepio... Inclusive, até doutores de longe vieram a visitar! Eles utilizam um crachá escrito SCP ou algo assim. Parecem profissionais! Espero que cuidem bem da minha querida Janie!

- "SCP"? Esse nome não me é estranho... Recomendaria tomar cuidado. - Slenderman tomou um gole do chá.

- Você quer saber do nosso falecido parente?

- Direto ao ponto, como sempre, não é, irmão? - Slenderman deu um sorriso de canto. - Eu sei o que aconteceu com ele... Mas não o vejo faz tempo. Ele está com o Zalgo, fazendo alguns serviços sujos. Você se sente mal pelo ocorrido?

- Sinceramente... Fazia um bom tempo que eu queria bater no Offenderman! Não me sinto triste por isso, muito menos com as mãos sujas... - Ele girou uma colherzinha em sua xícara de chá. Slenderman se levantou da cadeira. - Oh, já vai, irmãozinho?!

- Eu tenho assuntos a resolver. Não é todo dia que dois dos seus melhores proxies desaparecem, não é?

- Hihi, desculpe pelo Toby. Não sabia que ele não tinha sua autorização para sair... Já o Jeff, bem, não acho que ele tenha morrido. - Disse Splendy, em um tom bastante agradável.

- É o que veremos.

- Você deveria dar uma passada no hospital das crianças... Doei uma parte de minha fortuna para cuidarem dos estragos que o Offenderman fez. Odeio pedir favores pro Zalgo, mas tive que pedir que apagasse a memória das pessoas lá, já que não daria para revive-las...

- Eu... Prefiro não. Não é meu tipo de negócio.

- Bem, você é quem sabe, irmãozinho...

Slenderman se levantou, ajeitou seu terno e foi então, andando para fora. Ele parou logo em frente a porta de Splendorman e ajeitou sua gravata vermelha.

- Até mais, irmão. Vou cuidar de meus... Negócios. Você me verá novamente em breve.



Fim...?

Pétalas cor de Sangue - OffendermanOnde histórias criam vida. Descubra agora