003

1.2K 222 125
                                    

Enid Sinclair

Entramos na casa junto com Wednesday e encontramos uma mulher mais velha que nós. Ela parecia Wednesday.

- Wednesday, o que significa isso? Quem são essas? - Ela falou sem entender. - Porque ela está sangrando?

- Essa é Enid. Ela vai ficar aqui com a gente. - Falou e a mulher continuou não entendendo.

- É sua namorada? - Perguntou e eu me mantive calada.

- Não mãe. Eu acabei de comprar ela de um Playboy do asfalto. - Wednesday explicou dando de ombros.

A mãe dela arregalou os olhos.

- O que? Você é maluca Wednesday? - Perguntou cruzando os braços.

- Ih coroa, depois eu te passo o papo direito. Leva ela pro quarto sobrando e depois eu te explico. - Falou e pegou o celular. - Vô lá na boca rapidão, daqui a pouco eu colo aqui. - Ela saiu sem dar mais explicação.

- Então... Enid, né? - Ela falou. - Como é o nome dessa coisinha gostosa? - Perguntou segurando a mãozinha dela

- É Isabella. - Falei um pouco desconfiada.

- Bobó? - Minha filha balbuciou e a mulher sorriu. Onde ela aprendeu essa palavra?

- Realmente parece que a idade tá me atingindo. - Ela riu e minha filha se jogou no colo dela, que a pegou.

- Oh desculpa. - Eu falei. Era tudo muito novo e minha filha parecia ter gostado no primeiro momento.

- Tudo bem! - Ela sorriu simpática. - Vamos fofinha, vovó vai te mostrar a casa. - Ela saiu andando com a minha filha. Eu fui andando atrás, com medo de fazerem algo com Isabella. - A propósito, eu me chamo Mortícia, mas pode me chamar de Tici. (Se pronuncia tish) - Falou.

Subimos as escadas da casa e entramos em um quarto aparentemente de visitas. Deixei a bolsa em cima da cama e morticia sentou no estofado.

- Agora me conte... como veio parar aqui? - Perguntou.

- Meu marido me vendeu porque não tinha todo o dinheiro que devia a Wednesday. - Falei brevemente.

- Então ela realmente te comprou. Meu Deus, eu vou falar com ela, ela não pode fazer isso. - Morticia começou a querer levantar e eu impedi.

- Não Mortícia, por favor. - Pedi. - Me deixe ficar, eu faço o que quiserem mas não me façam voltar para aquela maldita casa. - Uma lágrima correu pelo meu rosto. - Eu juro que faço qualquer coisa, eu sei lavar, cozinhar, arrumar a casa e até fazer massagem. - Falei com desespero na voz.

- Calma menina. Tá tudo bem. - Ela olhou estranhando. - Esses... machucados foram ele? - Perguntou e eu assenti. Eu estava com um corte sangrento no lábio e com um hematoma meio roxo no olho.

- Está tudo bem, Enid. Sei que aqui parece não ser um lugar seguro, mas posso assegurar que você não vai sofrer o que sofria lá. - Falou tentando me confortar.

- Eu só... quero que minha filha esteja segura. Eu não me importo o que vai acontecer comigo. Eu faço tudo por ela. - Falei e ela sorriu.

- O amor de mãe é o mais forte e puro de todos. - Balbuciou, sorrindo. - Quando Wednesday voltar, conversaremos melhor, tá bom? - Perguntou e eu assenti. - Pode tomar um banho e dar um banho na pequena. Está tarde, descansem. - Me entregou a bebe e saiu do quarto.

- Aí meu amor... O que vai ser de nós duas? - Falei e ela me olhou como se me entendesse.

A única coisa que passava pela minha cabeça é que eu tinha me livrado do Maldito, mas eu também não sabia se Wednesday era do mesmo jeito.

Minha querida traficante - WenclairOnde histórias criam vida. Descubra agora