𝐏𝐑𝐎𝐌𝐈́𝐒𝐂𝐔𝐎𝐒 || 𝐊𝐈𝐌𝐂𝐇𝐀𝐘 𝐕𝐄𝐑𝐒𝐈𝐎𝐍

PORCHAY.

Porchay Parchara Kittisawasd.

Kinham me devora com seus lábios. Sua boca me captura e me envolve, me conquista com as suas doces e promissoras investidas sensuais. A sensação é viciante, e ela me consome de um jeito que quase sou levado ao meu limite. Os lábios dele são fortes, deliciosos, imponentes e bem exigentes. Dominantes, mas não violentos.

— Hum... — Sua língua é macia como veludo, e é hábil e rodeia a minha, sugando e sondando, encurralando e clamando por controle. E, eu o retribuo da melhor forma que posso. Ele geme quando pressiono o meu corpo no seu, colando as nossas barrigas.

Kim me explora, o faz de maneira faminta, se apossando. Ele é bruto, e eu gosto. O desespero e a intensa vontade com que ele me beija não pode ser comparada com nada que eu já tenha experimentado um dia. Ele me faz sentir como nunca antes, tão desejável. O meu corpo treme violentamente, em uma alta expectativa. Seus braços estão ao meu redor, possessivos em seu aperto. Estou sem fôlego.

Minhas mãos abrem caminho por entre os seus cabelos macios, os dedos se afundando ali. Nossas línguas se enredam, ansiosas. Uma de suas mãos se posiciona na parte de trás da minha cabeça, onde ele segura com firmeza e a move conforme a sua vontade. Ele coordena onde me quer. E como me quer. Permito tudo. Eu quero tudo. Quero sentir tudo. Em absoluto.

O prazer que estou sentindo é inigualável. É imprudente.

Quando ele enfim liberta a minha boca, dá uma mordiscada final em meu lábio inferior inchado e dolorido. Minha resposta foi um mísero suspiro trêmulo.

Meus olhos estão fechados, bem apertados. Nossas testas estão apoiadas uma na outra.

Nossa respiração ofegante, entrecortada, é o único som que nos rodeia.

Estou amolecido contra o seu peito. Suas mãos estão na minha cintura, me agarrando como se eu pudesse escapar de si a qualquer momento. As minhas ainda estão nos seus fios negros, os segurando.

O fluxo de desejo que me envolve, pulsa. E ele queima em minhas veias. É como fogo líquido, aumenta as batidas do meu coração. Enevoa os meus pensamentos mais racionais.

— Eu quero fazer tantas coisas com você, meu garoto. Você não faz ideia — Sua admissão foi suave, límpida, e me incendiou. Kinham lambe meus lábios, saboreando com a língua quente. O nariz acaricia minha bochecha, a respiração é morna contra a minha pele — Mas, antes de qualquer coisa, quero o seu consentimento — Abro os meus olhos, encontrando os seus que estudam o meu rosto atentamente — Quero-o de maneira clara. Certa. Posso ter você? — Ele pergunta, parecendo realmente ansioso com a possibilidade de uma permissão minha. Aceno com a cabeça, lentamente, em concordância. O sussurro seguinte que lhe ofereço, o meu “sim” dito de maneira trêmula, o faz sorrir largo.

Minhas mãos recaem, então, quando ele se afasta e então se posiciona atrás de mim.

Nervoso, prendo o ar dentro dos pulmões. Seu calor me envolve. O cheiro me inebria. Não sei o que fazer.

Não sei o que ele irá fazer, também. Contudo, logo descubro.

Seus braços firmes me circundam, adentrando o espaço entre os meus lados e meus braços. E os dedos, hábeis, encontram os ossos dos meus quadris. Ele os acaricia por baixo da blusa que visto, fazendo-o com uma lentidão proposital que me deixa inteiramente eletrizado. Minha postura está ereta, e mal toco o corpo no seu.

Uma mão sobe, por fim, me apertando a carne. Quando ele chega em meu cabelo, rodeia meus fios curtos e encaracolados com o punho forte. Ele puxa levemente, os seus dedos agarrando. Minha cabeça pende levemente para trás. Uma respiração fraca escapa. O homem em minhas costas mergulha o rosto nos fios, inalando. Ele geme de satisfação e murmura um “cheiroso”, antes de soltá-los. Os lábios macios encontram a pele da minha nuca em seguida, roçando. Os beijos seguintes, ali depositados, me levam a estremecer de prazer. O meu corpo esfrega no seu, muito levemente, e eu tenho uma pequena noção da rigidez da sua própria excitação. Ele não se encontra nada diferente de mim.