Meio. Parte 1

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Estando à alguns dias dentro no navio para chegar ao outro lado do mundo, Fuyuki estava com fome. O garoto tenta ouvir através das paredes se tem algum som vindo das outras salas, mas aparentemente era o único que estava sendo levado, assim acabou se sentando no chão novamente.

- (Que droga.) - pensava Hiroshi frustado - (Não tem como fugir daqui, e mesmo se eu conseguisse, eu não iria conseguir nadar até o lado em que eu morava... eu nem sei quanto tempo se passou.)

Por mais que tentasse, o garoto não conseguia pegar seu celular no bolso, por mais que soubesse que é quase impossível pegar com as mãos algemadas para trás.

- (O que tá me deixando com mais dúvida é por não terem revistado meus bolsos... acho que não tem porque se preocuparem com alguém que vai para o outro lado, talvez seja verdade que não vai dar para se comunicar pela internet.) - Fuyuki começava a se perder nos seus pensamentos, que a princípio deveriam ser sobre como saber quanto tempo se passou, e que sem perceber, acabou dormindo.

Se passando um bom tempo de sono, Hiroshi acorda pelo barulho da porta se abrindo com algumas pessoas vestidas da mesma forma que as pessoas que o tiraram de casa, e então, tentando se levantar, mas uma das pessoas pegou o garoto pelo cabelo e o levantou.

- (Será que chegou...) - pensava Fuyuki para não gritar por conta da dor

Então, ambos guiaram o garoto até a saída do navio. Ao sair do navio e andarem para dentro do porto, outras pessoas vestidas com uniformes de cor verde escuro se aproximaram. Os policiais então tiraram as algemas de Hiroshi e o empurraram, quase caindo no chão.

- Já nos deram todas as informações sobre o garoto, podem ir. - dizia uma das pessoas que era daquele lado, e dito e feito, os policiais subiram no navio e foram embora.

Logo, as pessoas levaram Fuyuki até uma sala e lhe entregaram algumas roupas

- Se troque em 2 minutos, passou disso, alguém vai te trocar. - dizia um deles

O garoto então é deixado sozinho e tenta se vestir rápido, mas as roupas que lhe deram pareciam muito velhas, até que ele não conseguiu prender todos os botões a tempo.

- (Senhor, quem que ainda usa isso...) - pensava Fuyuki no desespero, terminando de prender os botões das calças e imediatamente colocando suas coisas nos novos bolsos, faltando apenas prender da camisa e pôr os sapatos

No fim, ele não conseguiu se vestir a tempo e uma das pessoas entrou para dar um tapa bem forte, e em seguida começar a abotoar o restante dos botões. Mesmo estando um pouco apertado o garoto conseguia respirar, logo colocaram nele um casaco fino de cor marrom e o deram outro tapa.

- Ainda falta uma coisa, maldito. - dizia aquele que estava vestindo o garoto

O homem então tira uma fita preta com um sol vermelho estampado e prendeu no casaco do garoto.

- Não é pra tirar isso, entendeu? - dizia a pessoa, que começou a segurar na gola de sua roupa e o arrastou até a saída do porto.

Chegando lá, o policial joga o garoto para fora e fecha o portão rapidamente. O garoto então pega o seu celular do bolso e checa as horas, percebendo que havia se passado três dias desde que estava em sua casa. Hiroshi dá uma olhada em volta e percebe que as construções são diferentes de onde morava, mas além disso, parecia que foram tiradas de um livro de história por conta do estilo ser tão antigo.

- Será que eu consigo ativar minha localização?) - Fuyuki pensava sozinho, enquanto deslizava seu dedo pelo celular - (Acho que não, não tem nenhuma torre por aqui para captar minha localização em tempo real... mas acima de tudo, tenho que procurar algo para comer.)

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