Meio. Parte 5

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Era uma noite chuvosa naquele dia, mas a chuva não impedia de um garoto loiro se dirigir aí lixão de uma casa grande como sempre fazia. A chuva estava extremamente forte, embora tentasse impedir de seu óculos molhar um pouco.

Ao chegar no lixão, o garoto se surpreende ao perceber que alguém já tinha chegado antes dele e estava revirando o lixo. Ao se aproximar um pouco, a pessoa misteriosa sai do caixote e assusta o loiro, mas é revelado ser uma garota, embora suas roupas lhe deram a impressão de que seria um garoto.

– O que é? – Resmungava a garota. – Eu cheguei primeiro pra procurar comida.

– Eu não vim atrás de comida. – Respondia o garoto calmamente. – Quem é você? Eu nunca te vi por aqui.

– Eu só estou de passagem, agora me deixa eu continuar procurando… Eu estou com fome. – A garota entrava novamente no caixote. – Essa casa é grande, aparentemente é alguém importante, as pessoas devem gastar muita comida…

– Se está procurando comida… – O loiro tirava algo do bolso, que estava embrulhado em um papel. – Pega.

A garota saía do caixote de lixo e olhava para ele.

– Isso não está envenenado, né? – Perguntava a jovem.

– Por que eu iria envenenar uma comida? – E o garoto respondia de uma forma calma, mas a garota tomava da mão dele.

Ao desembrulhar o papel, era revelado ser um pedaço de bolo. A garota comia apressadamente, o que surpreendia o garoto loiro, pois provavelmente ela não via comida a bastante tempo, mesmo sendo da mesma idade.

– Se não tava procurando comida… O que estava fazendo? – Dizia a garota, enquanto mastigava o bolo.

– Essa casa sempre joga fora alguns livros… E eu acabei me interessando por todos que eles jogam, aparentemente é como o mundo era antigamente. – E o garoto respondia, embora demonstrando um pouco de entusiasmo.

– Que chato… – Respondia ela, enquanto terminava de comer. – … Bom, em partes… Mas só de imaginar como era o mundo, deveria ser melhor como está agora.

– É… O que acha de andar comigo? Eu posso te oferecer mais disso. – O loiro olhava para a garota enquanto apontava para o papel. – Da comida, claro.

– Tem certeza? – Perguntava ela, em dúvida, e o loiro balançava a cabeça confirmando. – Então aceito.

– Qual o seu nome? – Perguntava ele.

– Aiko. Aiko Saionara. – Respondia a garota cujo nome era Aiko. – E o seu?

– Petrus Heinrich. – Ambos se cumprimentavam.

Logo, o loiro acordava de seu sonho que lembrava daquele dia e ainda sentindo pela perda de seus amigos, Petrus ficava olhando para o nada e pensando no que poderia ter sido feito naquele dia. Após um longo tempo pensando, Heinrich se levantava da cama e seguia em direção a cozinha. Um tempo depois, Fuyuki surgia na cozinha quando Petrus já havia terminado de fazer a refeição.

– Bom dia… – Dizia Fuyuki enquanto limpava os olhos.

– Bom dia. – E Petrus respondia calmamente enquanto folheava o jornal.

– Eu… Já vou indo. – Hiroshi dizia aquilo repentinamente enquanto buscava sua bolsa. – Eu não vou tomar café hoje…

– Tem certeza? – Petrus encarava o garoto. – Nem um pouco?

– Sim… Nem um pouco. – Fuyuki logo encontrava sua bolsa. – Eu tô sem fome… E eu já tô indo, até mais tarde.

– Até mais tarde. – Petrus ficava olhando Hiroshi se retirar de sua casa, e assim que o garoto sai, o loiro retornava a folhear o jornal.

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