Meio. Parte 2

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Fuyuki decidiu ir embora para sua casa assim que acabou seu tempo de aula, mas durante seu caminho de volta o garoto lembrou sobre aquela garota querer falar com ele depois que ambos saíssem da escola.

– (Tendo experiências o suficiente com o outro lado sobre esse quesito… Acho bem difícil ela realmente me esperar ou querer isso…) – Fuyuki pensava sozinho enquanto caminhava para a casa de Aiko, ainda permanecendo calmo – (Embora um bom ponto é que ela notou o fato de eu ser um descendente japonês, e se ela realmente estiver querendo conversar… dúvida cruel.)

Fuyuki começou a se perder em seus pensamentos novamente e quando voltou a realidade já havia passado da casa de Aiko, o garoto então decidiu prestar atenção. Porém, logo é puxado pela alça da bolsa novamente, e Hiroshi decide olhar para trás e ver quem era, percebendo que era aquela garota de antes. Ambos se cumprimentaram e em seguida a garota o arrastou até um campo que havia próximo dali, e assim começaram a conversar.

– Você não parece ser daqui, veio de alguma outra cidade? – perguntava Maisha

– Ah, não. – respondia Fuyuki, olhando para baixo

– Entendi… – Hana olhava para baixo enquanto pronunciava aquela palavra, até começar outro assunto – Você tá sabendo dos assassinatos em série?

– Não, eu tinha ouvido falar de um grupo de pessoa, mas ainda não sei o que tá acontecendo exatamente. – Fuyuki olhava de lado para a garota 

– Tem alguém nessa cidade que está causando o terror entre as pessoas, as autoridades ainda não sabem quem é, e quando finalmente acham que estão perto de encontrá-la… parece que voltaram tudo do começo. – a garota respondia de forma natural, tentando dar ênfase na última parte da sua fala 

– Entendi… E quem são as vítimas? Tipo, que tipo de pessoa são os alvos principais? – Hiroshi começava a ficar curioso com o que estava ouvindo

– Bom, as pessoas que foram encontradas… são garotos menores de idade… Assim como você. – Maisha dizia num tom baixo, como se estivesse cabisbaixa

E de repente, Fuyuki começava a ficar tenso pelo que estava ouvindo, até que a garota solta uma risada.

– É brincadeira essa parte. – dizia Maisha, rindo da expressão de medo de Fuyuki, que logo o garoto soltava um suspiro tão longo que parecia que sua alma iria sair do corpo – Os alvos até hoje ninguém sabe que tipo de pessoas eram, mas meu palpite para não revelarem quem eram, tem cara de serem pessoas importantes para o nosso lado, pelo menos os que estão nessa cidade.

– E por que você acha isso? – perguntava o garoto que já havia se recuperado.

– É bem óbvio o motivo. – Hana comentava brevemente – Por que o governo desse lado mostraria as suas falhas para a sua população? Quem sabe o que pode acontecer se isso vir a público, talvez grande parte dos civis considerem essas "falhas" como uma brecha para derrubar o governo desse lado… a única chance de poderem revelar essa falha é caso achem o assassino em série, embora ainda é mais fácil só pronunciarem o crime da pessoa e não quem ela ceifou. Até lá, é só minha hipótese do que pode ser.

Fuyuki permanecia em silêncio em questão a isso, até Maisha se levantar.

– Enfim, a gente já deveria voltar para casa e se preparar para a entrega de alimentos. – Maisha comentava enquanto se esticava – Com certeza você não vai querer esperar uma semana toda vez para comer algo por não ter comida em casa.

Hiroshi olha de forma surpresa para ela e lembra que no dia anterior os amigos de Aiko estavam falando disso, assim o garoto se levantou rapidamente e em seguida os dois começaram a andar de volta à estrada que se encontraram para se despedir e seguir o caminho de volta para casa. Fuyuki ao se despedir, apenas deu meia volta e foi para casa de Aiko, porém de longe ele via a mulher com seus amigos na frente da porta de sua casa, o garoto a princípio achou muito estranho aquilo, ainda mais Aiko vestida daquela forma, mas decidiu tentar entrar em casa de qualquer jeito… Porém ao passar por Aiko, o garoto sente um tapa de leve na sua nuca.

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