Meddle About

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—Jimin, já está acabando? —Namjoon perguntou.

Kim Namjoon era responsável pelo setor das obras clássicas do museu nacional de Seoul. No final dos vinte anos, ele era um dos museólogos mais influentes não só da cidade, como do país. Quando Jiho anunciou na que ele estaria procurando um estagiário para gestão de museológica, todos do curso ficaram em pânico.

Fazer estágio com ele era significado de emprego na certa, qualquer mínima menção do nome de senhor Kim no currículo seria um peso enorme.

Estudei como doido, e quando os resultados saíram, eu e Beatrice, uma aluna estrangeira, tínhamos passado.

—Todas as documentações estão certas, senhor Kim! —Ajeitei a pilha de papéis, entregando para ele. —Creio que essa foi a última leva para a exposição de renascimento desse trimestre, certo?

—Sim, Jimin. —Confirmou, ajeitando os óculos no rosto. —Já pedi para que me chame apenas de Namjoon, não pedi?

Sorri.

—Peço desculpas.

—Eu estou aguardando uma confirmação para divulgarmos ao público sobre essa nova exposição. Estou mais ansioso do que nunca! —Namjoon sorriu. Seu sorriso era bonito.

—Imagino que deva ser algo incrível! —Afirmei. Não tinha vontade de estender a conversa, queria ir para casa o mais cedo possível já que tinha um trabalho de expografia para terminar.

—E é! Vou te contar, mas é um segredo, tudo bem? —Namjoon levantou-se e chegou mais perto. —Estou vendo de conseguir trazer uma das esculturas de Donatello.

O nervosismo por ter meu chefe tão perto passou.

—Do-Donatello? Você está brincando?! —Falei alto, senti seu indicador ir até meus lábios. Dei um pulo com o susto.

—Era segredo, lembra?

Ouvi Taehyung fazendo um barulho para me chamar. A carona tinha chegado.

Namjoon afastou-se, parecia frustrado.

—Bom, já estou no meu horário hoje, senhor Kim! —Voltei a falar, um pouco trêmulo. —O senhor precisa de mais alguma coisa? —Perguntei, já pegando minha mochila.

—Não, senhor Park. Até quinta-feira.

Segui Taehyung até seu carro.

—O que diabos foi isso? —Ele perguntou, assim que me sentei no banco do passageiro.

—O quê? —Perguntei, confuso.

—O Namjoon, Jimin!

—Ah, senhor Kim! —O corrigi. —O que tem ele? —Perguntei, mais uma vez, confuso.

—Você é burro assim mesmo ou só se faz? —Seu tom era indignado, reclamava na mesma medida que dava partida.

—Ele me contou que quer trazer uma obra de um artista muito renomado no movimento que vamos expor nesse trimestre, apenas isso... Pediu que eu guardasse segredo, inclusive. —Expliquei.

—Jimin, ele estava flertando com você! —Taehyung parou no sinal vermelho, tirou as duas mãos do volante e as usou para puxar meu rosto. —Flertando, Park Jimin.

Não consegui responder porque ele insistia em apertar minhas bochechas.

—Como assim? —Afastei meu rosto, irritado. Olhei no espelho e as bochechas já estavam um pouco vermelhas. Não sei se por Taehyung ter me apertado, ou pela ideia de senhor Kim realmente estar... Flertando. Comigo.

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