𝘈 𝘝𝘪𝘴𝘢̃𝘰 - 𝘙𝘢𝘪𝘢𝘯𝘢 𝘈𝘯𝘥𝘳𝘢𝘥𝘦

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𝘈 𝘝𝘪𝘴𝘢̃𝘰

𝘍𝘦𝘪𝘵𝘰 𝘱𝘰𝘳: 𝘙𝘢𝘪𝘢𝘯𝘢 𝘈𝘯𝘥𝘳𝘢𝘥𝘦

E ali estava eu, sendo ameaçada com exatamente duas armas na cabeça. Estava sendo interrogada por pessoas desconhecidas, mas havia uma mulher que me olhava com ódio. Achei o rosto da mulher familiar... quem era ela?

Para você entender como tudo foi parar aqui, vamos começar do ponto de partida.

Meu nome é Maya. Eu estava em uma batalha lutando contra um monstro, mas por algum motivo não estava conseguindo vencê-lo com facilidade. Eu tentava mas aquele cão não parava.

Depois de um tempo minha visão começou a ficar turva, comecei a ouvir um barulho estranho, pisquei e de repente estava em uma cama de hospital.

Acordei sem entender nada. Que diabos estava acontecendo? Estava em um lugar mais calmo e conseguia ter plena visão de tudo, nem parecia que estava no mesmo mundo.

De repente uma mulher entra, começo a ter uma visão: uma pessoa se encontrava em uma sala escura, o medo a dominava, tinha uma arma na sua mão, ela olhava pra trás e via um garoto.

Eu volto pra realidade e meus olhos são tomados por uma mulher. Ela era a médica, pelos seus trajes, me olhava de uma forma estranha, parecia que ela não simpatizava comigo, mas tentava disfarçar. Achei um tanto estranho, pois eu era aclamada a heroína de todos os tempos. Esse tipo de coisa não acontecia frequentemente.

Estava sentindo um grupo de emoções ao mesmo tempo. Eu apenas queria sair dali. Pensando nas circunstâncias em que me encontrava, a única coisa racional que poderia fazer era pedir informações para a única pessoa que estava por perto, a então médica.

-𝘮𝘰𝘤̧𝘢, 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘱𝘰𝘥𝘦𝘳𝘪𝘢 𝘮𝘦 𝘥𝘪𝘻𝘦𝘳 𝘰𝘯𝘥𝘦 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘮𝘰𝘴?

Ela me olhou

- 𝘦𝘴𝘵𝘢𝘮𝘰𝘴 𝘦𝘮 𝘶𝘮 𝘩𝘰𝘴𝘱𝘪𝘵𝘢𝘭, 𝘧𝘢𝘻𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘶𝘮 𝘤𝘩𝘦𝘤𝘬-𝘶𝘱 𝘦𝘮 𝘷𝘰𝘤𝘦̂.

A médica saiu, eu fui atrás dela. Me escondi numa salinha no longo corredor, ela falou algo com um grupinho de médicos e enfermeiros, discretamente apontou para o quarto em que eu estava, deu um tapinha nas costas do homem mais próximo, eles iriam para minha sala. Corri rápido em direção ao quarto, cheguei pouco antes deles. Haviam 3 homens naquela sala, o primeiro olhou para mim deu um sorriso de canto e disse:

-𝘖𝘭𝘩𝘢 𝘨𝘢𝘳𝘰𝘵𝘢, 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘯𝘢̃𝘰 𝘱𝘰𝘥𝘦 𝘧𝘪𝘤𝘢𝘳 𝘱𝘢𝘴𝘴𝘦𝘢𝘯𝘥𝘰 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘩𝘰𝘴𝘱𝘪𝘵𝘢𝘭 𝘴𝘦𝘮 𝘴𝘶𝘱𝘦𝘳𝘷𝘪𝘴𝘢̃𝘰 𝘦 𝘯𝘦𝘴𝘴𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘯𝘥𝘪𝘤̧𝘰̃𝘦𝘴.

O outro disse:

-𝘌́... 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘢𝘤𝘢𝘣𝘰𝘶 𝘥𝘦 𝘢𝘤𝘰𝘳𝘥𝘢𝘳... 𝘱𝘰𝘥𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘮𝘢𝘪𝘢𝘳... 𝘯𝘢̃𝘰 𝘧𝘢𝘻 𝘣𝘦𝘮, 𝘷𝘰𝘤𝘦̂ 𝘦𝘯𝘵𝘦𝘯𝘥𝘦?

O terceiro ficou calado, olhando fixamente em minha direção, então ele se aproximou e finalmente disse:

-𝘌𝘶 𝘷𝘰𝘶 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘴𝘢𝘳 𝘪𝘯𝘫𝘦𝘵𝘢𝘳 𝘪𝘴𝘴𝘰 𝘦𝘮 𝘷𝘰𝘤𝘦̂

ele me mostra uma seringa com uma agulha.

Sem esperar minha resposta, ele injetou todo o líquido que havia na seringa. Logo adormeci e vieram de novo aquelas imagens na minha cabeça: estava com receio, havia uma arma na mão daquela pessoa, mas agora tinha mais cenas.

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