Como Um Bebê

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Alice era como um bebê, mas isso em vez de lhe causar frustração ou descontentamento, era motivo de conforto para boneca. Passinhos de bebê era o que sempre lhe dizia. Ela não precisava ser como os outros, nem correr como os outros, cada um é um indivíduo, cada um é único, e ela precisou entender isso para poder se aceitar e aceitar que ela não iria conseguir sair simplesmente correndo e dando saltos e piruetas. Ela aceitou o seu amor platônico, aceitou as suas fantasias e quis embarcar em uma jornada de alto conhecimento.

Mas é óbvio que Alice não lidava com tudo isso muito bem, até porque Alice era como um bebê, às vezes ela chorava aos berros porque não conseguia alcançar as coisas como os outros ou como as queria, rolava ao chão e ficava sem ar em meio ao chororô todo. Ela buscava sempre a barra da saia de alguém para se esconder, enfrentar o mundo não era fácil assim, muito menos enfrentar a si mesma.

Alice tinha sonhos, dos grandes, e por isso nunca desistiu de nada, por mais que ainda tivesse aqueles pezinhos gordos de bebê.

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