O Assalto a Cozinha

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Liu Kang olhava para a situação indignado e até com certa raiva, como ele ousava expô-la daquela maneira?

− Eu não quero e nem acredito que isso seja correto, mesmo que Kitana esteja aqui para ser castigada. – Se adiantou em protestar, odiou o riso quase perverso no rosto do outro.

− Com o que você está preocupado? Ela já te contou quantos de seus irmãos matou? Quantas cabeças ela arrancou? – Questionou de forma sádica, Liu viu a expressão de vergonha no rosto dela, incapaz de encará-lo.

− O que isso tem a ver? – Rebateu Shang Tsung que o encarou.

− Não deixe essa carinha bonita enganar você, nem a cara de piedade por estar fazendo serviços pesados. Se fosse ordenado ela te assassinaria na calada da noite. – Simples. – Ah, claro, enquanto ela está aqui sob castigo o imperador se faz de cego, não tem a proteção da corte, então ninguém é punido por nenhum incidente, não vai ser uma situação desagradável para você. – Explicou sorrindo. O shaolin percebeu que o outro gostava da situação, de provocar desconforto.

− Está tudo bem, faça o que ele pede, não terei cicatrizes. – Kitana disse quase segura e Liu a olhou. Ela prendia os cabelos para não ficarem saltos ao longo das costas. O rapaz ainda hesitou.

− O senhor sabe bem que não há diferença, não estou aqui para ajudá-lo a torturar ninguém. Se era só isso eu peço para me retirar. – Disse firme, mas de maneira despreocupada. Ela o olhava, descrente da audácia. Shang Tsung tinha o punho direito cerrado.

− Era só isso. – Confirmou.

− Muito bem. − Liu respondeu, apenas despediu-se da jovem com um aceno e saiu do pátio.

− O que? – Kitana resmungou diante do olhar do homem para si.

− Você é igualzinho sua mãe. – Havia ironia em sua voz.

− Não fale dela. – Séria.

− Vá logo para os seus deveres. – Disse com soberba, ela apenas seguiu para a saída também, se sentia aliviada e feliz pela atitude de Liu Kang, pensou que ele não se importaria em machucá-la depois de ser incentivado com palavras rudes, mas pelo contrário, ele sempre seguia firme no que acreditava.


O pátio da lavanderia era todo feito de pedra, os tanques ficavam abaixo do piso onde a água corria de uma bica abundante e era escoada para uma galeria subterrânea, os varais eram feitos de corda ou bambus, haviam baldes e tábuas para esfregar de madeira, sabão em pedras e amaciantes caseiros e três cestos grandes abarrotados de roupas.

Kitana suspirou ao vê-los, não entendia porque as mulheres ali tinham que usar tantas roupas diferentes e tantas camadas. Ela pegou o primeiro conjunto o avaliou, elas mal suavam, mas tudo tinha que ser bem limpo, então ela se acomodou ajoelhada na beira do tanque, não gostou nada das risadas que vinha ouvindo ficarem cada vez mais altas.

− Ah, então é verdade mesmo. – Jia-Li comentou.

− Claro que é verdade, eu iria mentir? – Himiko Inu a questionou.

− Olha só para você, tão patética aí. – Eun-Ji comentou rindo.

Jia-Li vestia-se como uma chinesa hanfu, mas usava os cabelos meio presos como uma senhorita, cheios de grampos coloridos. E Eun-Ji com roupas coreanas também de um período específico, mas seus cabelos eram meio presos por um pompom de cada lado, pareciam até orelhas de algum animal.

 E Eun-Ji com roupas coreanas também de um período específico, mas seus cabelos eram meio presos por um pompom de cada lado, pareciam até orelhas de algum animal

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