"Eu já estava conformada com a minha vida... com o meu destino. Mas aí ele apareceu e mudou tudo isso."
"Foi só mergulhar no mar azul dos seus olhos, que eu percebi o que faltava em mim..."
Lara é a típica princesinha. Filha única, comportada, estu...
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Passamos dez dias entre Marrocos e Líbia e seguimos viagem para o Egito, mais uma parada obrigatória.
Fiquei extasiada em abrir a janela do hotel e ver as pirâmides de Gizé, bem ali, como se estivessem ao meu alcance.
Tomamos um banho rápido e já arrastei Eve para turistar, eu era apaixonada pela história e mitologia egípcia. — Gente esse lugar é um caos. — ela comentou enquanto andávamos de táxi pela cidade.
Dei risada concordando. O centro do Cairo tem um trânsito caótico, muita poluição, barulho e poeira. Quase não há semáforos nos cruzamentos e os motoristas ficam buzinando sem parar. Nada daquele glamour que vemos na TV.
Aproveitamos que chegamos pela manhã e fomos logo ver as pirâmides. Fiquei um pouco decepcionada em saber que elas ficavam coladas aos subúrbios da cidade, mas não desisti do passeio.
Fiquei encantada enquanto olhava pela janela do carro e via as pirâmides se aproximando e ficando cada vez maior.
O motorista nos deixou na entrada do sítio arqueológico e seguimos o restante a pé. Compramos bilhetes para visitar todo o complexo que abrangia as pirâmides de Queóps, Quéfren e Miquerinos e a Esfinge. — Eu quero dar uma volta de camelo! — Eve disse animada e dei risada.
Compramos também um bilhete extra que liberava a entrada nas pirâmides. Tinham duas entradas para o complexo, uma próxima à Grande Pirâmide de Queóps e outra perto da Esfinge. A entrada pela Grande Pirâmide estava lotada, mas era a única que permitia comprar o ingresso para entrar nos monumentos. Nós optamos por essa, começar pela Grande Pirâmide e terminar na Esfinge.
O calor estava quase insuportável e procurei um elástico na bolsa pra prender meus cabelos enquanto o guia ia explicando a história e contando curiosidades do lugar.
Nós quisemos entrar na pirâmide e confesso que não foi lá uma ideia muito boa. O lugar era claustrofóbico, são dois corredores curtos e uma sala vazia, nada pra ver lá dentro. Eu queria desistir e sair, mas Eve era teimosa e me arrastou junto.
O guia ia explicando que a entrada da Grande Pirâmide de Quéops era chamada de entrada dos ladrões porque foi escavada em 820 d.C., por um califa. Subimos alguns metros praticamente de quatro por uma escada de madeira bastante precária, com o teto de pedra bem baixo.
Depois tinha mais uma subida por um corredor estreito de pedra, conhecido como a Grande Galeria. Por fim, chegamos a Câmara do Rei, uma sala de pedra vazia, com um grande sarcófago em pedra também vazio. Foram minutos da minha viagem desperdiçados porque eu não vi nada de interessante.
Voltei reclamando por causa disso e Eve ficou rindo da minha cara.
O complexo todo era enorme e em forma circular, seria muito cansativo ir a pé e contratamos um passeio de camelo para ir e vir. Eve estava adorando, mas eu confesso que estava com um pouco de medo do bicho, era maior e mais alto que um cavalo.
