"Eu já estava conformada com a minha vida... com o meu destino. Mas aí ele apareceu e mudou tudo isso."
"Foi só mergulhar no mar azul dos seus olhos, que eu percebi o que faltava em mim..."
Lara é a típica princesinha. Filha única, comportada, estu...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
· · • • • ✤ • • • · ·
Eu não acredito que deixei aquelas duas malucas me convencerem a vir para esse bendito jogo!
A entrada do estádio estava uma loucura, torcedor pra lá, criança correndo pra cá. O Real Madri iria jogar contra um de seus maiores rivais, o Atlético de Madri, pela La Liga, principal competição espanhola de futebol.
Eve e Andressa caminhavam à frente com uma empolgação evidente, as duas usavam camisas com o nome e o número do Sergio Ramos e pareciam crianças em um parque de diversões. — Vem Lara! — Eve gritou me olhando e eu sorri balançando a cabeça indo atrás delas.
O Santiago Bernabéu era impressionante por fora e mais ainda por dentro. São mais de oitenta mil lugares, dispostos em arquibancadas com ampla visão para o gramado.
Demos as mãos uma para a outra e Andressa nos guiou até um dos muitos camarotes disponíveis, era um modo bem confortável de assistir ao jogo.
Fomos apresentadas a sua esposa Pilar e os quatro filhos do casal. Ela é uma simpatia de pessoa.
Sentei em uma poltrona que ficava próxima ao vidro da janela e vi as pessoas se acomodando em seus lugares, faltavam menos de vinte minutos para começar.
Era um pouco estranho estar aqui. Quando eu assistia aos jogos do Bayern no estádio, sentia uma energia muito forte, quase como se estivesse conectada ao lugar, aqui não sinto nada. — E aí. — Eve sentou ao meu lado no braço da poltrona e desviei meu olhar para ela. — Pra você. — disse me entregando uma cerveja Heineken long neck. — Vamos lembrar um pouco de casa.
Eve encostou a garrafa à minha em um brinde e tomou um gole. Eu fiz o mesmo e o líquido gelado desceu com facilidade pela minha garganta, eu nunca fui muito fã de bebida alcoólica, mas descobri que elas tinham um poder interessante de apagar coisas ruins da memória, mesmo que fosse temporário. — Então garotas, vocês são alemãs? — Pilar perguntou se aproximando com seu bebê no colo. — Na verdade eu nasci no Brasil. — Eve explicou sorrindo. — Mas nossa família é alemã. — Que interessante, vejo comentários maravilhosos sobre o Brasil e tenho muita vontade de conhecer. Me conte um pouco querida. — Ah eu sou suspeita pra falar, nasci no Rio de Janeiro e apesar dos pontos negativos, amo demais minha cidade. — Isso é normal, veja Madri por exemplo. Uma cidade histórica, parada obrigatória na rota de muitos turistas que viajam pela Europa e ainda assim cheia de problemas.
As duas engataram em um papo animado e eu dei atenção ao meu celular. Eve tinha postado uma foto nossa no instagram com a legenda que íamos assistir ao jogo e os meninos me mandaram várias mensagens.
Alaba tirou print da publicação e mandou vários emoticons com carinha de bravo e a seguinte mensagem: QUE PORRA É ESSA LARA?! MAL CHEGARAM A MADRI E JÁ ESTÃO ASSIM?!
