Capítulo 4

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Ao abrir meus olhos noto que estou em uma cadeira negra não muito confortável, ela nem sequer é acolchoada e parece ter sido feita de madeira apodrecida, a minha direita quase no teto do quarto uma linda janela convida os raios solares para uma es...

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Ao abrir meus olhos noto que estou em uma cadeira negra não muito confortável, ela nem sequer é acolchoada e parece ter sido feita de madeira apodrecida, a minha direita quase no teto do quarto uma linda janela convida os raios solares para uma estranha dança, as paredes acinzentadas são muito difíceis de ver devida a alta quantidade de estantes que basicamente ocupam o cômodo inteiro, objetos esses lotados de livros e grandes frascos de vidro, no centro do quarto está um frasco de vidro do meu tamanho, a boca do objeto sustenta frascos menores que rodam em volta dele, por dentro do grande objeto está um líquido verde viscoso e no centro desse líquido algo que parece uma fumaça negra viva se mexendo, o cheiro que eu tentava ignorar agora se forçava para as minhas narinas conforme o fogo aquecia aquele gigante frasco, era algo parecido com gás de cozinha e esgoto. Eu tampo meu nariz.

- Que cheiro horrível!

- Isso é o que eu ganho por salvar a sua vida? Eu te avisei Leser, meninas são muito mal agradecidas.

- Homens também são mal agradecidos Verü.

- Bah, ninguém me escuta - Saindo de trás do grande frasco estão Leser e um menino usando vestes negras que lembram penas de corvo, ele aparenta ter por volta de quatorze anos, seus olhos são escuros assim como seus cabelos e roupa, logo embaixo de seu olho esquerdo tem uma estranha mancha negra que eu tento não encarar.

- Ela está me encarando Leser, será esse o início da minha história de amor?

- Eu acho que na verdade ela está olhando para sua cicatriz - O menino de roupas pretas fica vermelho.

- Ora sua- Não sabe que é falta de educação ficar encarando as cicatrizes dos outros!? E pensar que eu considerei ter uma família com você.

- Verü, você está exagerando, além disso ela ainda está desorientada, deixa ela se recuperar - O menino faz uma careta e obedece.

- Onde estou?

- No meu quarto, sinta-se honrada plebeia de roupa rasgada - O estranho garoto faz uma pose bizarra e dá um sorriso orgulhoso.

- Verü nem tenta, Lisa você acabou ficando muito cansada e desmaiando, por isso te levei rapidamente para o melhor médico daqui - Meu olhar passeia entre Leser e o outro menino.

-Esse pirralho aí é médico?

- Quem você está chamando de pirralho!? Sua idade deve ser bem próxima a minha sua-

- Lisa esse é Verü Tod o terceiro herdeiro da família Tod-

- Mestre da alquimia e medicamentos, maior gênio de Svidar, conhecedor da ciência e de tudo o mais que tem para descobrir - Tento me manter séria com essa briga de interrupções entre os dois.

- Prazer Verü, me chamo Lisa, por que vocês sempre fazem apresentações tão longas? Só o nome já é suficiente.

- É o código de conduta dos nobres, somos ensinados desde pequenos a segui-lo - Me dou por satisfeita com a explicação de Verü.

- Você não estava muito bem, e o único que entende tanto de bênçãos e magias quanto de ciência por aqui é o Verü, você parece bem melhor, podemos ir agora.

- Alto lá Leser! você tem que cumprir sua parte do acordo hein!

- Não se preocupe Verü, encontrei um volume novo de histórias de amor entre princesas e cavaleiros, aposto que você vai gostar - O pirralho bufa satisfeito.

- Ótimo, saiam daqui os dois! Tenho muito trabalho a fazer e pouco tempo para fazê-lo xô xô - Somos delicadamente empurrados pelo alquimista até a porta escura de madeira, assim que chegamos no corredor a porta é fechada com força.

- Sujeitinho estranho esse aí - Leser desvia o olhar sorrindo.

- Desculpe pelo meu amigo, ele fica nervoso perto de outras pessoas, principalmente de garotas - Estou novamente pelo corredor de paredes escarlate e janelas de lindos vitrais, ignorando um pouco a arquitetura interessante do castelo me lembro de que está faltando uma pessoa aqui.

- Ué onde está Ricardo? - Leser olha para o chão.

- Conversando com Liebe e os outros, tentando convencer a todos de que você é a escolhida e não uma intrusa qualquer.

- Francamente, eu sou a escolhida?

- Eu acredito que sim, e Ricardo também.

- Deixa eu adivinhar, sou a heroína que vai livrar o mundo do mal - Leser arregala os olhos.

- Exatamente.

- Vocês estão bem grandinhos para acreditarem em contos de fadas, mas se isso vai me impedir de ser executada então tudo bem, então o que eu deveria fazer?

- Primeiro, você deve ir a uma certa escola e fazer o teste que apenas a escolhida conseguiria passar - Encaro o seu rosto dele claramente decepcionada.

- Sério? A sua grande profecia envolve uma escola? Quem a profetizou? O diretor? - Leser parece profundamente incomodado com as minhas piadas, ele apenas se cala e segue andando comigo em silêncio, que garoto sensível!

Enquanto andávamos pelo corredor quase infinito com diversas portas e serviçais indo de um lado para o outro carregando diversas coisas, um dos empregados esbarra em mim e derruba alguns sacos contendo moedas de ouro? Era um menino que aparentava ter a minha idade, seus olhos e cabelos pareciam mudar de cor conforme eu observava, Leser olhou para ele mortalmente sério.

- Para onde estava levando essas moedas? - Em vez de responder a pergunta o menino correu até a janela, não sem antes pegar pelo menos um dos sacos e esbarrar em mim, e depois simplesmente pulou, o príncipe e eu fomos observar pela janela e lá estava ele correndo pelo campo de flores, sendo perseguido por alguns guardas, institivamente boto a mão no meu bolso e percebo que ele roubou meu celular.

- Aquele maldito! - Pulo pela janela atrás dele, não consigo nem sequer compreender como consegui descer de uma altura de seis metros e não sofrer nenhum dano, mas é melhor ignorar as coisas racionais antes que eu sinta alguma dor.

Apesar de serem rápidos os guardas estão de armadura e aquele garoto parece ter uma velocidade sobre-humana, contudo eu tenho uma ideia estranha enquanto corro pelo campo florido pego uma pedra e jogo na perna dele, surpreendentemente eu acerto e o menino cai rolando no chão, caramba eu me senti uma super-heroína. Os guardas o alcançam um pouco depois de mim, porém ao chegar no lugar de onde ele deveria estar só encontro algumas plantas amassadas e alguns pingos de sangue, os guardas agradecem pela minha ajuda e dizem que vão assumir as buscas, finalmente a adrenalina baixa e eu dou uma olhada em volta com calma as flores eram maiores do que imaginei, seus caules alcançavam meu tronco e eram tantas que cobriam quase toda a área em volta do castelo, o qual também era lindo a seu próprio modo, porém como de costume, sinto minha visão escurecer com o esforço e antes de desmaiar por completo grito por ajuda.

 Os guardas o alcançam um pouco depois de mim, porém ao chegar no lugar de onde ele deveria estar só encontro algumas plantas amassadas e alguns pingos de sangue, os guardas agradecem pela minha ajuda e dizem que vão assumir as buscas, finalmente ...

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