Capítulo VI - Medo

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Uma semana já havia se passado desde que tudo começou, e a convivência no sítio era aconchegante.
Cíntia e Juan eram sempre os primeiros a acordar, ajudando diariamente seus anfitriões com os afazeres matutinos. Os outros jovens sempre acabavam dormindo demais e não fazendo nada além de perambular pelas proximidades da casa, ou pegar água na cisterna quando necessário.

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Os dias estavam passando lentamente, até que certa manhã Lena acordou muito cedo, após ter um pesadelo onde era atacada e morta pelas criaturas. Quando estava saindo de seu quarto encontrou com Cíntia indo para cozinha e resolveu acompanha- lá.

- Que estranho você acordar cedo. Aconteceu alguma coisa? - a amiga estranhou.

- Tive um pesadelo horrível, no qual eu morria, e não consigui mais dormir.

- Relaxa, você vai ficar bem. Eu te protejo. - a garota argumentou abraçando a amiga de lado tentando acalma - lá. - Vamos lá no carro, quero pegar uma bolsa que acabei esquecendo.

- Tudo bem... Vamos. - Lena respondeu falhando em parecer animada.

As duas garotas saíram quando ainda amanhecia e foram na direção da caminhonete. No caminho Lena ouviu algo estranho.

- Você ouviu isso? - Perguntou assustada.

- Fica tranquila, nós estamos seguras aqui.

Mais alguns passos e elas já estavam atrás do veículo, quando Cíntia avistou uma movimentação estranha e puxou a amiga para o lado, abrindo a porta de vagar, deixando a parceira estática.

- Fica calma, entra na caminhonete e se abaixa. - Ela ordenou entrando em seguida e se abaixando.

A neblina no campo era espessa, e a manada com cerca de 30 daqueles monstros andava na mesma direção, a floresta, e as jovens observaram com terror até que eles já estivessem longe o sifuciente para poderem falar.
- Será que eles podem chegar a casa? - A mais nova perguntou.

- Talvez não, se nós pudermos despista- los. - A outra sugeriu passando pro banco do motorista - Senta aqui do meu lado e põe o sinto.

- Ela começou a apertar a buzina, fazendo um som auto o que acabou atraindo os errantes. E assim que eles começaram a seguir o veículo, a garota começou a dirigi- lo devagar, com o intuito de atrai - los para o mais longe possível.

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Duas horas depois eles já pareciam estar distante o suficiente do sítio e a gasolina da caminhonete estava quase acabando.

- Droga! - Exclamou a motorista - Precisamos voltar logo, talvez o combustível não seja suficiente.

- Da a volta o mais rápido que puder, onde encontrar- mos um carro parado nós pegamos um pouco de gasolina. - Lena opinou.

- Certo, se segura - disse a garota dando a volta e partindo com o carro a toda velocidade.

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No meio do caminho, ainda não haviam encontrado nenhum veículo abandonado. E para sua infelicidade o combustível acabou.
Saíram, então, do carro e olharam ao redor imaginando o que deveriam fazer, decidindo andar de volta para o sitio, o que levaria algumas horas.

Sobreviventes: O fim dos temposOnde histórias criam vida. Descubra agora