Capítulo 2: O medo da rejeição.
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A neve caía lentamente nas ruas. Não havia trânsito naquela noite e Jiang Cheng agradecia por isso. Tocava uma música qualquer no rádio do carro e o volume médio apenas servia para tentar esvaziar sua mente do que havia acontecido, porém sem sucesso.
A vermelhidão de seus olhos não havia sumido desde que saiu de seu escritório. Estacionou seu carro na garagem do enorme apartamento que dividia com seu marido, desligou o motor e deu um longo suspiro.
"Compre agora cama infantil para recém-nascido por XX". Foi um dos anúncios do rádio.
— Cale a boca — falou irritado, desligando o rádio e se olhou pelo espelho retrovisor, vendo seus olhos se acumularem de lágrimas — Porra, por que estou chorando? — limpou os olhos com raiva e pegando sua maleta cinza no banco do passageiro, saiu do veículo.
Apesar de não ter quase vagas sobrando, não tinha uma só pessoa além dele fazendo com que cada passo seu ecoasse no local.
"Provavelmente a maioria dos moradores estavam dormindo, incluindo A-Huan", pensou já próximo do local onde o porteiro permanecia para a segurança do prédio. Ao se aproximar, o viu com seu fone de ouvido, provavelmente assistindo vídeos pelo celular. Ao ser percebido, o jovem porteiro levantou o olhar e tirou os fones.
— Boa noite, senhor Jiang. Muitos processos hoje?
— Nem me fale! Mas nada fora do normal, uma mãe querendo a guarda dos filhos, um pai querendo comprovar a paternidade da filha e o resto já deve saber...
— Sempre os mesmos, né?! O Senhor Lan ficou preocupado contigo por conta do horário. Interfonou aqui toda hora perguntando por você, mas parece que já dormiu visto que parou de ligar.
— Ele estava muito preocupado?
— Uhum — respondeu colocando de volta seus fones.
— Obrigado por avisar, Mo XuanYu. Tenha uma boa noite.
— Para o senhor também, Senhor Jiang.
Enquanto esperava o elevador pegou seu celular, que ficou o dia todo no silencioso por conta do serviço, e viu as inúmeras chamadas e mensagens do marido. Se sentindo um pouco culpado, deu outro suspiro e voltou a guardar o celular.
Entrando no apartamento, viu seu marido dormindo no sofá com o celular apoiado em seu tórax e ao seu lado, lhe fazendo companhia, seu gato cinza.
Colocou sua maleta na mesa do centro e com cuidado pegou o celular do tórax do Xichen, que nem se mexeu, para colocá-lo também na mesa. Mas antes que fizesse isso, desbloqueou o celular (que não tinha senha) e viu que estava preparado para ligar novamente para Jiang Cheng, que deu um pequeno sorriso e colocou o celular na mesa.
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Me desculpe [Xicheng] (Concluído)
أدب الهواةSinopse: Um sonho é algo que desejamos realizar um dia. Alguns se concretizam, outros não. O medo só nos leva a não realizá-los. . . . Plot feito pela @suprimeShipper. Betagem feita por @Psy_bl . . . [Todos os direitos dos personagens reservado à ob...