Ela é uma garota popular que usa uma máscara para esconder seu passado. Com uma rotina pesada de estudo e trabalho, Hinata não tem tempo para comer nada que não seja comida congelada.
Ele é um cara solitário que ama sua vida e vê tudo com bons olho...
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- CAPÍTULO 05 - O colo do meu vizinho
*** Hinata
Desde que Naruto entrou naquela seção eu tenho ficado ansiosa. É difícil fingir que ele não mexe comigo quando é exatamente isso que acontece. Naruto tem a capacidade de me fazer sorrir. Eu me sinto bem apenas de vê-lo e sei exatamente o que isso significa, por mais que insista em negar a mim mesma.
A explicação é bem óbvia.
Já me apaixonei antes, sentimentos assim já brotaram no meu coração, só que o motivo que me faz sorrir, ao invés de me apavorar, é que ele se importa de verdade comigo.
Se não é o caso, então ele finge interesse muito bem.
E aquela piscadinha direcionada a mim não me pareceu falsa.
Tive que morder um sorriso enquanto limpava o balcão de atendimento.
- Hinata, a fritadeira está limpa? - A voz era de Chouji, filho do dono da lanchonete.
Não tinha clientes ali pois já estava beirando as dez da noite e o Cinema fecharia em breve.
- Ainda não. Mas limpei a pipoqueira e terminei o balcão - me virei para ele antes de jogar o pano sujo dentro do balde abandonado aos meus pés - A fritadeira seria meu próximo alvo.
Chouji sorriu para mim e eu fiz o mesmo. Gostava dele, era um bom colega de trabalho mesmo que coma a mercadoria escondido. Mas não é como se eu pudesse fazer alguma reclamação, visto que ele é o filho do dono e o prejuízo só vai para o bolso do pai.
Acabei não olhando para as pessoas saindo da seção ao lado da lanchonete, mas pude ouvir o barulho de vozes.
Ele se aproximou abrindo um pacote de bolacha.
- É que meu pai pediu pra te ajudar a limpar e depois te acompanhar até o ponto de ônibus.
O senhor Akimichi era um cara fantástico. Se preocupava com a minha segurança bem mais que meu próprio pai, que sequer me liga a fim de saber se estou bem.
Minha cabeça balançou positivamente e minhas mãos se uniram contra o peito. Antes que eu pudesse agradecer, uma voz conhecida falou atrás de mim.
- Se quiser - olhei sobre o ombro -, eu posso te acompanhar.
Naruto estava do outro lado do balcão com as mãos no bolso da calça. Ele me olhava de forma intensa. O boné fazia sombra sobre seus olhos azuis, mas nada seria capaz de apagar o brilho que vinha deles.
