Ela é uma garota popular que usa uma máscara para esconder seu passado. Com uma rotina pesada de estudo e trabalho, Hinata não tem tempo para comer nada que não seja comida congelada.
Ele é um cara solitário que ama sua vida e vê tudo com bons olho...
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— CAPÍTULO 01 — Talvez outro dia eu diga sim
***
Hinata
— Ei, Hyuuga!
Me virei assim que ouvi alguém me chamar e não consegui reconhecer a voz. Por alguma razão eu imaginei que fosse Naruto, meu novo vizinho no qual eu tentei fugir durante todo o dia. Até perceber que estava sendo uma idiota com medo de perseguição e que ele sequer me procurou como imaginei que faria.
Eu fiquei aliviada por não ser ele, mas ao reconhecer a cabeleira ruiva eu pensei que seria melhor se fosse.
Me forcei a sorrir para Gaara. Ele parou na minha frente com sua pose arrogante.
— Você quer uma carona?
— Obrigada, mas terei que recusar. Preciso passar em um lugar antes de ir para casa — tentei parecer gentil enquanto mentia.
— Vamos, aceite. Eu te levo aonde quiser ir — ele adiantou um passo, tocando em meu braço.
Gaara olhou para suas mãos em mim e depois soltou, percebendo que não gostei de seu toque atrevido. Mesmo sendo o único toque que recebi desde muito tempo.
— Desculpa. Me lembro que da última vez que nos falamos você disse que não gostava que te tocassem.
Não gostava que pessoas estranhas me tocassem, isso é verdade. Mas o fato é que eu não tinha intimidade com ninguém para tocar, abraçar. Minhas "amigas" falam de mim pelas costas e eu não consigo fingir que não percebo. Os garotos, bom... só querem me tocar de forma errada.
O calor humano é bom e talvez eu tenha sentido falta disso.
— Tudo bem. Só não faça de novo — pedi, tentando não ser grossa. — A gente se vê, Gaara.
Ao dar as costas para ele e adiantar dois passos, fui barrada por ele novamente. Não tínhamos uma diferença tão grande de altura, mas ele com certeza era mais forte que eu. Popular no colégio e o queridinho das meninas, Gaara é do clube da luta e seus braços expostos pela camisa regata expunham seus músculos.
Eu não gostava de ser encurralada, no entanto, eu tive que manter as aparências.
— O que está fazendo? — tentei soar o mais gentil possível com minha pergunta.
— É que eu gostaria de saber se você quer sair qualquer dia desses. Somos populares e acho que a escola iria à loucura se nos vissem juntos.
A piscadinha que ele me deu despertou em mim vontade de ignorá-lo e mandá-lo à merda. Que atitude mais mesquinha!
Tive que respirar fundo para não perder a pose.
— Olha, de repente eu aceitaria se você dissesse que quer sair porque gosta de mim. Mas como é apenas interesse em “aparecer” para as pessoas, eu devo dizer que não estou interessada. Passar bem, Gaara.
