¡Mi Querido!

Transmissão Final

Tudo certo? Eu não sou de deixar aviso prévio, penso que vocês sabem muito bem onde estão se metendo, mas dessa vez eu posso ter me animado um pouco enquanto escrevia, então estou previamente pedindo desculpas por qualquer mal que eu possa causar.

Boa leitura.

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Martín acordou no apartamento da amiga na manhã seguinte, ele lembrava que a morena se atrapalhou quando foi pedir o uber e acabou colocando o próprio endereço, mas ele estava tão destruído que só queria uma cama para chorar. Catalina ficou com ele a noite toda até que finalmente dormisse, eles pegaram no sonho de mãos dadas no quarto dela.

Mas agora de manhã ele percebeu que aquele era o último lugar em que queria estar, quando saiu do quarto encontrou a amiga preparando comida.

- Bom dia cariño, como você está?

- Péssimo – Ele disse sentando a mesa e pegando uma caneca de café.

- Me desculpa mesmo amigo, foi tudo culpa minha.

- Não miga, claro que a madame podia ter ficado quieta – Ele fechou a cara mas logo suavizou o olhar – Quem falou merda fui eu.

- Mas ele não precisava ter tido aquela resposta neh! O Luciano também exagerou!

- Eu não acredito que ele passou a noite com aquele francês...

- Quanto a isso, não acho que o Francis faria isso com vocês.

- Como não?! Aquele maldito vive se jogando pro Luciano.

- É só o jeitinho acalorado dele cariño, eu suspeito que ele ta querendo um peixe maior que o Lu.

- Como assim? Ah não importa, todo mundo sabia?

- Sabia o que?

- Sobre a gente? – Ele virou o rosto – Eu e o Luciano.

- Aaaah amigo, vocês não são as pessoas mais discretas do mundo, ainda que não trocavam uma palavra sem se xingarem antes do festival e agora era só vocês se olharem que ficavam totalmente sem jeito.

Ele colocou as duas mãos atrás da cabeça e apoiou a testa na mesa soltando um suspiro longo.

- Mas não tem nada de errado com isso, qual o problema das pessoas saberem meu amor? - A morena sentiu o celular vibrar no bolso – A Mari mandou uma mensagem, disse que ta vindo aqui, tem problema?

Martín teve um fisgão na consciência quando lembrou como toda aquela história tinha começado, levantou o rosto no mesmo segundo.

- Não tem não miga, mas acho que eu já posso ir pra casa.

- O que? Claro que não! Não vou te deixar sozinho hoje!

A culpa atingiu o loiro como uma flecha, a coitada da Maria provavelmente tinha dado tudo de si para convidar a amiga, ela não tinha conseguido ficar sozinha com a outra e muito menos falar o que precisava, caralho ele se sentia um péssimo amigo.

- Fica aqui que eu vou terminar de preparar a comida e nem pense em sair por aquela porta!

Ele tentou pensar em alguma coisa para dizer, se a amiga tivesse planejando falar com a outra agora ele não poderia ficar ali, ela também podia não ter planejado nada, só que seria uma ótima chance, também não podia contar o real motivo de querer tanto ir embora, mas o desespero realmente bateu quando ele escutou a campainha tocar.

- Deve ser a Mari amigo, atende por favor.

- Claro.

Ele sabia o que fazer, assim que visse a venezuelana iria passar por ela e ir embora antes que Catalina pudesse perceber, confirmou se estava com carteira, chave e celular antes de abrir a porta. O problema foi que assim que ele abriu em vez da amiga encontrou Luciano vestindo a camisa amarela que ele quase roubou, mas o que chamava a atenção era que o moreno segurava um buque, de lírios obviamente.