Berço Dos Lobos - Englot

capítulo 5

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Pov Engfa.

Devido à minha visão, audição e olfato aguçados, consigo enxergar Charlotte através do vidro que nos separa.

Não sei por que estou aqui, observando o quanto ela está encantadora nesta tarde. Suas roupas valorizam suas formas, e seu cabelo solto cobre parte do rosto, mas mesmo assim consigo notar o batom vermelho em seus lábios.

Ela canta para si mesma enquanto decora um bolo, sua voz é suave, porém tímida, com um toque sensual. Aos poucos, começou a balançar o quadril no ritmo da música que canta.

— Posso saber por que você está sorrindo como uma cadelinha que encontrou o dono? — ouço a voz da minha irmã, interrompendo meus pensamentos.

Ela segue meu olhar e vê Charlotte.

— Ah, agora entendi! — exclamou, esboçando um sorriso de lado.

Tento mudar de assunto rapidamente.

— O quê, Yo? Sua chefe canta bem.

— Ela faz isso o dia todo. Canta enquanto cozinha. Sorte a minha que é afinada, senão eu já teria que trabalhar de tampões no ouvido — ela riu.

— É, até que ela canta bem — segurei um sorriso. — Vim tomar aquele café que prometi a você.

— Ah, ótimo! Vou pegar já pra você, น่ารัก (fofa) — Yo saiu saltitando para preparar.

— Yoko, experimenta isso pra mim? — Charlotte se aproximou do balcão, mas parou ao me ver ali, sentado, esperando minha irmã. — Espero que hoje não haja confusão Sra. Wahara — comentou, lançando-me um olhar cauteloso.

Esse sotaque inglês....

Ela se aproxima mais do balcão.

— Sua irmã me disse que vocês conversaram, e que você aceitou a ideia de ela estar aqui?

— Aceitar é uma palavra meio forte, mas sim, conversamos. Então, pode ficar tranquila, só vim mesmo pelo café — respondo, dando de ombros.

Ela parece surpresa com minhas palavras, provavelmente esperando uma briga, não que eu recuasse e agisse de forma cortês.

— Ah, isso é ótimo! Que bom que está resolvido. Onde aquela nanica está?

Olho para o lado e a vejo servindo os clientes.

— Ah, claro, está ocupada — diz com uma expressão de dúvida, olhando entre mim e minha irmã. Depois, inclina levemente a cabeça para o lado, o que é incrivelmente fofo. — Quer me ajudar com uma coisa? — pergunta com cautela.

— Sim, claro. O que você precisa?

— Venha até a cozinha — Charlotte faz um gesto para que eu a siga.

Atravesso o balcão e entro pela porta que dá acesso à cozinha. Ela está com duas formas cheias de cookies recém-saídos do forno.

— Gosta de cookies? — ela pergunta.

Eu balanço a cabeça em sinal de concordância.

— Ótimo! Preciso de uma opinião sincera sobre essa fornada. Sua irmã normalmente me ajuda a testar as novas receitas, mas estou começando a achar que ela me engana. Sempre diz que tudo que faço é maravilhoso, então não sei se confio tanto na opinião dela. Acho que tem medo que eu fique brava e a demita — Charlotte cochicha, rindo.