addiction, orochinho

dez

Maria Eduarda Vieira

Tinha voltado do vôlei e acabado de tomar um banho, ainda de toalha enrolava pra me arrumar pra sair com pedro.

Não sabia direito pra onde íamos então estava indecisa com o que vestir, bufei olhando pro meu guarda roupa.

Acabo escolhendo uma saia de couro preta curta, um cropped da mesma cor e botas cano alto.
Coloco meus acessórios de prata e finalizo minha maquiagem.

Quando ouço o interfone tocar já estava pronta.

— Tá gostosa demais — ele diz assim que me vê.
Usava uma camisa preta e uma calça da mesma cor, tenis nos pés e um escapulário no pescoço.

Abraço ele apertado e sinto suas mãos em minha cintura.
— Comprei um negócio pra você — ele diz sorrindo e levantando uma sacolinha branca.

— Pedro, não precisava caralho — digo animada enquanto ele abre a sacolinha da Pandora.

Era um colar prata com um infinito de pingente.

— Achei bonito quis comprar ué, me deixa garota — responde — Vira aí, deixa eu colocar em você — fala e então eu me viro, ele tira os cabelos do meu pescoço e fecha o colar depois correndo as mãos pelo meu corpo me virando novamente de frente pra ele —

— Gostou? — pergunta.

— Eu amei! Obrigada, amor — digo feliz e sincera olhando nos seus olhos escuros — Você tem que parar de ser assim —

— Como porra? Apaixonante? —

— Exatamente! Vamos — digo puxando ele pro carro pra irmos embora.

———

— Conseguiu conversar com o Mount? — Ele pergunta dando um gole na sua cerveja e apertando minha coxa levemente por baixo da mesa.

— Tentei, mas ele tá me ignorando, parece que ficou chateado de verdade — dei de ombros.

— Para de correr atrás então, se ele não soube distinguir as coisas é problema dele — ele responde.

— A gente provavelmente vai se ver sábado, talvez dê pra gente se resolver — digo e ele ergue uma das sobrancelhas.

— Na festa da Gabi? — ele pergunta e eu assinto — Vai se resolver ou se resolver? — pergunta e eu rio.

— Tá me perguntando se eu vou transar com ele? —

— Sim —

— Claro que não ne idiota — respondo e ele sorri me puxando mais pra perto — Mas e você? Soube que a doarda vai estar lá...—

— O que tem isso? Não vou com você oxe? — responde com obviedade.

— Sei lá, nunca sei se você tá falando sério ou não — digo o olhando.

— Como assim? Tá achando que eu to brincando com você? —

— Não sei ne, fica fazendo uns tuítes suspeitos — dou de ombros dando um gole no meu drink e ele gargalha.

— Ta falando do que hein? Do que eu postei ontem? —

— Sim ne Pedro —

— Você é burra? Pra quem você acha foi? —

— Sei lá né —

— Ô caralho, com quem eu to dormindo toda noite desde de que a gente se conheceu? — ele diz me puxando mais pra perto e me fazendo rir — Responde porra — fala de novo e eu rio alto.

— Deixa rolar, eu curto você — ele fala sério dessa vez.

— Eu também Pedro, até mais do que deveria —

— Não tem perigo aqui — responde.