vinte e seis

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MARIA EDUARDA VIEW

Hoje fazia um calor extremo, eu, meus amigos e família estávamos na piscina da minha casa, mas minha cabeça estava bem longe.

— Cê tá linda — Gabriel disse, e percebi que ele já me encarava a um tempo.
— Para com isso — falei sentindo ele me puxar pra si.
— Senti sua falta dudinha — ele sussurrou, imaginei como pedro diria isso, com certeza adicionando um palavrão no final.
Sorri em resposta para loiro, os olhos azuis refletindo a cor do sol.

— Não ta mais com o Pedro mesmo? — ele pergunta num sussurro e eu nego com a cabeça.
Minha mãe passa por nós e nos vê abraçados.

— Ai que lindos! Sempre achei que iam acabar casando ou algo assim, desde de a primeira que vez que veio aqui já senti que seria meu genro — minha mãe diz, me deixando morta de vergonha.

— Que isso mãe? —

— Verdade tia, tá faltando só a noiva querer — Gabriel concorda, me deixando mais corada ainda.

— Vocês ficaram malucos? — gargalho nervosa — Gabriel e eu somos amigos mãe! —

— Amigos, sei... — ela diz em seguida sai, seguindo rumo a churrasqueira.

— Ela adora você — sussurro pra Gabriel, que está com as mãos sobre meus ombros.

— Também adoro ela — ele responde acariciando meu rosto de leve — E adoro você também — olha pra mim, e depois olha pra minha boca.

— Gabriel... — começo, mas ele me interrompe.

— Relaxa, Duda — ele diz — Cê não quer? — pergunta baixinho.

Penso por alguns instantes, não tinha nada a perder, mas sabia que não era certo fazer isso com ele sentindo tudo que eu sentia pelo Pedro.

Ele sorri pra mim, e eu me pergunto por que exatamente aquilo não seria certo, esquecendo de tudo que podia dar errado.
Seguro sua nuca puxando seus cabelos cor de mel pra mim, juntando nossas bocas.

Foi como todos os beijos que eu já tinha dado no Gabriel, e diferente de todos que eu já tinha dado no Pedro.

Não devia pensar nele em momentos como aquele, mas era impossível não lembrar da boca rosada e dos olhos escuros vermelhos, era impossível não lembrar do cabelo muito preto bagunçado ou das mãos fortes que me seguravam com brutalidade e delicadeza ao mesmo tempo.
Não adiantava tentar suprir esse tipo de carência, e eu tinha que aprender isso.

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PEDRO VIEW

Não fez live, não saiu, ce tá bem mano? —

— Maria Eduarda jogou um feitiço em mim, eu tenho certeza —

— Porra de novo essa menina — Doa fala passando a mão no cabelo frustrado — Ces ficaram por quanto tempo? 3 semanas? —

— Isso — concordo — Mas sei lá mano, a gente ficava muito tempo junto, quase todo dia era dormindo junto, acordando junto, comendo junto. E a gente se dava bem entende, era uma conexão do caralho pra tudo —

— Tudo isso aí você já falou, e não vai adiantar de nada você repetir — ele diz e eu bufo frustrado.

— Porra você perguntou por que eu tava mal eu to aqui te respondendo —

— Já faz quase uma semana que a mina vazou pro litoral, já era pra você estar melhor —

— Mas não to mano, e não sei quando vou ficar — desabafei — Ja sei, já bebi, já transei, já beijei e nada tira ela da porra da minha cabeça —

— Corre atrás dela então mano —

— Ia ser egoista pra caralho da minha parte —

— Só se você vacilasse de novo né, o que eu espero que você não faça —

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@orochipedro curtiu

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notas

madu eh muito eu quando meu ex manda mensagem

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