LAURA, point of the view.
São Paulo, Brasil.
Me olho no espelho do camarim e sorrio com a minha imagem. Eu estou vestindo uma calça wide leg jeans preta; um cropped azul escuro de alças finas; uma jaqueta de couro por cima preta curta e um vans nos pés. Eu me arrumei correndo, então até que está bom.Matheus praticamente me obrigou a vir acompanhar ele nos shows dessa noite. São três e depois ele me prometeu comprar um lanche, então eu aceitei.
— Matue, cinco minutos. — Alguém da produção falou do outro lado da porta.
Olhei para o moreno de dreads que parou atrás de mim e colocou as mãos em minha cintura exposta. Eu sorri e me virei para ele, ficando de frente.
— Você vai se atrasar. — Falei, enquanto mexia no brinco de sua orelha.
— Não ligo. — Ele falou baixo, me dando um selinho demorado e enfiando a cabeça em meu pescoço. — Vai me ver lá? Quero ver tu lá. — Me olhou.
— Eu vou. — Afirmei e dei um último selinho em seus lábios, ouvindo os gritos altos dos fãs. — Vai lá e arrasa. — Falei e sorri.
— Por você. — Beijou minha bochecha e entrelaçou nossas mãos, me guiando para fora do camarim.
O pessoal da produção ajudou nos a irmos até a lateral do palco e lá Matheus me deu um beijo na bochecha, antes de entrar já cantando no palco. Eu sorri e fui até o camarote, logo indo fazer o meu copo.
Eu hein. Não sou doida de ficar aqui sem beber alguma coisa.
— Tuêzin' do 085
Sentou no sofá e fumou cinco
Gramas e grana, voltou com o copo cheio de lama
Andando mais congelado do que os gringo
Enquanto meu gato mia na porta do estúdio
Eu torro um mic, um telescópio, um tarugo, um
charutoE pra esses bosta que fala que meu flow num é sujo
Eu digo: Eu nunca fui de ouvir opinião de surdo
Sai do meu caminho, eu tô fazendo dinheiro demais
Meu din', meu dinheiro, te quero maisEu nasci na guerra do meus pais
Agora que eu tô velho, eu só tô querendo paz
Acordo, bolo e conto os lucro
Dividindo a peça com meus puto
Se for pa fazer corre, eu só faço justo
E se não vale o meu dinheiro, eu nem te escutoMatheus canta e eu o acompanho, mais gritando do que cantando. Percebo ele olhar para mim e mandar um beijo, em seguida fazendo um coração com as mãos. Me debrucei na grade de proteção da parte do camarote e sorri para ele, mandando um beijo também.
Ouço os gritos animados dos fãs e abro um sorriso, tomando um gole do meu drink que eu havia pegado a alguns minutos.
— Eae. — Escuto uma voz e olho na direção, vendo Thiago e Giovana, sua namorada. Abri um sorriso e fui de encontro aos dois.
— Eu estava ansiosa para te ver. — A namorada do Veigh falou me abraçando. Eu sorri.
— Eu também estava! — Falei animada e cumprimentei Thiago com um leve abraço.
— Caralho, estou diante a Laura Costa. Mais conhecida como a garota que roubou o coração do Tuêzin. — Veigh falou e eu sorri, bebi mais um gole do meu copo para disfarçar a vergonha.
Conheci os dois pela internet, mas nunca tivemos oportunidade para nos encontrarmos. Eu e a Gi fomos até a beirada da grade, onde tínhamos uma visão do palco inteiro.
Abri um sorriso involuntário ao ver Matheus cantar. Dava para ver a paixão dele pela música só em ver ele cantar. Assistir ele soltar a voz e ver seus olhos brilhando ao ver as milhares de pessoas ali; as mesmas pessoas que estão ali apenas para ele.
— Porra, seus olhos brilham quando você olha pra ele, cara. — Giovana falou, tomando minha atenção. A olhei e desci meu olhar para as minhas mãos.
— Hum? — Coloquei uma mecha de cabelo para trás da orelha.
— Me engana não, Laurita. — Ela riu e eu senti minhas bochechas queimarem pela vergonha.
Voltei a assistir o show e não deixei de cantar as músicas que ele cantava. Não é por nada não, mas o meu homem canta pra porra.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝐦𝐞𝐮 𝐫𝐚𝐩𝐩𝐞𝐫, 𝐦𝐚𝐭𝐮𝐞
Fanfiction𝐎𝐍𝐃𝐄 Laura só ia acompanhar o seu irmão em um evento, mas não esperava que um dos cantores principais iria notar ela em meio a milhares de outras pessoas