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EU DESCI AS escadas, Elijah me esperava no fim dela. Seu olhar era ardente, gracioso, como se estivesse olhando para algo precioso.
Contive um sorriso bobo, era só um jantar.
Ele estava... um pecado. Seu terno bem passado e sua gravata bem posta, sua postura ereta lhe dava um ar sério, mas seu sorriso lhe entregara.
— Está lindo está noite, Elijah. - elogiei amigavelmente.
— E você... - pegou em minha mão, girando meu corpo. - está formidável.
Sorri. Impossível não dar um sorriso bobo vez ou outra perto de Elijah.
— Podemos? - indaguei e ele logo assentiu, colocou meu braço entrelaçado com o seu e seguimos em direção à rua.
Me surpreendera o fato de que Elijah ia dirigindo hoje, as coisas em New Orleans eram tão perto que mal precisávamos fazer o uso de um carro.
Elijah abriu a porta do carro para mim e a fechou quando eu entrei, logo sentou-se no banco do motorista, dando marcha e seguindo adiante.
— Então, não quero ser indelicado, mas pude ouvir um pouco de sua conversa com Hayley hoje mais cedo. - ele começou.
— Ah. - olhei para a janela, as luzes dos comércios ainda abertos passavam como um borrão. - então presumo que tenha percebido o quanto sua família e eu temos em comum.
— Mais do que imagina, infelizmente. - respondeu.
— Às vezes sou relutante quanto a ouvir elogios de como sou uma boa pessoa.
— Por que?
— Porque eu matei meus próprios pais. Não acho que eu mereça algum tipo de prêmio de melhor pessoa do século. - sorri amargamente.
Elijah me olhou e tocou minhas mãos que estavam sobre minhas pernas, acariciou as costas delas.
— Meus irmãos e eu fizemos o mesmo com os nossos. Não acho que isso seja capaz de nos definir, em vista que sofremos em suas mãos por muitos anos.
