Capitulo 2...vida social...

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Desde que me entendo por gente, nunca gostei muito de lidar com pessoas, conversar, entender cada opinião, suportar. Lidar com pessoas é um desafio diário da vida, envolvendo estresse, compreensão, tristeza, felicidade, brigas, paz, e etc. Quero lidar com isso? Não!

-- Eu vou no banheiro, quer ir comigo? – Perguntou Jaqueline distraída.

-- Não, vou direto para sala. – Responde mexendo na minha bolsa.

-- Tudo bem. Até mais.

A universidade é bem grande...espaçosa. Quando eu fui aceita em Harvard, eu fiquei sem acreditar a dias, a Jaqueline quem me ajudou a acreditar que eu passei. É bem difícil eu acreditar em mim mesma, não confio em mim.

Eu e Jaqueline estudamos psicologia. Prometemos sermos psicólogas um dia quando ainda estávamos no ensino médio.

(...)

Chegando na sala de aula vejo alguns estudantes conversando. Avisto o Lourenço, um dos estudantes de medicina. Ele tem 1,90 de altura, pele morena, cabelo baixo de cor loiro puxando para o castanho, e olhos azuis. Acho ele muito atraente. Digamos que eu tenha uma certa queda por ele. Sua personalidade e postura me chama muito a atenção e me irritando ao mesmo tempo.

Me sento em uma das carteiras e observo o pátio pela janela enquanto sinto o vento fresco vindo de fora passando pelo meu rosto – sempre gostei dessa sensação. Lourenço se aproxima até mim e sinto um frio no estomago.

-- Opa, bom dia! – Disse Lourenço com um sorriso e tom de voz descarada.

-- Oi, bom dia. – Digo com frieza olhando para Lourenço.

-- Eu me chamo Lourenço. Presumo que não nos conhecemos.

-- Eu te conheço, você quem não me conhece.

-- Não entende!? – Disse Lourenço confuso rindo descontraidamente.

-- Eu sempre te vejo por aqui na sala conversando com seus amigos. Que por sinal, fazendo muito barulho.

-- Não sabia que me conhecia a esse ponto.

-- Que ponto? Qualquer um te repararia pelo fato de você ser bem "espontâneo". – Digo com ironia.

Lourenço rir.

-- Compreendo, peço desculpas então. – Disse Lourenço com cinismo.

-- Devo te "desculpar"? – Digo com orgulho.

-- Não sei, você quem decide.

Reviro os olhos me sentindo irritada com esse jeito descarado e cínico dele agir. Eu realmente não tenho paciência em lidar com pessoas, principalmente pessoas como ele.

-- E você, como se chama? – Perguntou Lourenço interessado.

-- Eu me chamo Isobel, Isobel Michel! – Responde com frieza.

-- Eu me chamo Lourenço, Lourenço Ballard! – Disse Lourenço estendendo sua mão para mim.

Sinto um enorme frio no estomago. Eu nunca esperei que isso tudo acontecesse. Ele vir até mim, conversarmos por mais de 10 segundos, e ele querer me tocar. O que está havendo?

Olho para a mão de Lourenço por um breve momento.

-- Não irá apertar a minha mão?

-- Prefiro não ter contato físico com pessoas que eu não tenha afinidade – Digo com orgulho.

-- Hm, compreendo. – Disse Lourenço sorrindo de canto.

-- Agora entendo por que você é tão comentado.

Azar ou Karma?Onde histórias criam vida. Descubra agora