DRUNKEN BY APHRODITE | 𝘊𝘩𝘭𝘰𝘦𝘯𝘦𝘵𝘵𝘦.

𔘓 Maré de azar! ˖ 🦋𓏲

ㅡ Vamos lá, Dupain-Cheng. Eu não tenho o dia todo.

A voz impaciente de Chloé Borgeois ecoou por todo escritório do hotel Le Grand Paris.

Literalmente, Marinette estava de mãos atadas.

Quem diria que uma droga de papel iria determinar seu passe para o curso mais concorrido de moda. Era uma escolha difícil, realizar seu sonho ou assinar um pacto com o diabo.

Mordeu o lábio inferior segurando a caneta bonita com insegurança, no fundo a garota sabia que precisava daquele emprego e o salário era bom demais para que desistisse no meio do caminho. Além disso, Chloé também precisava de uma empregada pessoal.

Por que não juntar o útil ao agradável?

Não há nada de agradável em ser a empreguete da Chloé!

Pensou Marinette ainda relutante em assinar aquela maldita linha esperando pela caligrafia do seu nome, quem sabe, carimbando sua passagem para o inferno. A morena encarou o papel em sua frente sem nem se importar com o tagarelar constante e olhos azuis encarando suas costas fixamente, Chloé com certeza estava ansiosa pela decisão da sua rival.

Os olhos lindos reliam as letras impressas no papel, repleto de informações que ela não prestou atenção quando leu pela primeira vez. Fazia movimentos giratórios com a caneta entre o dedo indicador e o dedão, para aliviar um pouco da tensão. Sua cabeça estava uma completa bagunça e por incrível que pareça, não era pensando no loiro que ainda guardava sentimentos desde o começo do ensino médio.

Meu deus, eu estou lendo de novo mas não estou entendendo nada...

Na testa de Marinette escorreu uma gota de suor, a loira bateu o pé no chão com força, se aproximando rapidamente do corpo da outra.

ㅡ Arg! Se não vai assinar, não me faça perder tempo! ㅡ cuspiu as palavras.

Chloé puxou o papel bruscamente, seus ombros reagiram com um sobressalto e Mari puxou o papel novamente para si, fazendo a loira soltar um leve sorriso maquiavélico, imaginando o quanto caos poderia causar à sua amiga de adolescência.

ㅡ Me dê tempo para pensar, Chloé! Não é todo dia que vendo minha alma para o demônio. ㅡ murmurou a última parte da frase, para seu azar, a rica tinha os ouvidos aguçados.

ㅡ O que disse, Dupain-Cheng!? Eu quero ver você falar tudo isso quando estiver na palma da minha mão. ㅡ o tom mudou para um deboche passivo.

A senhorita Borgeois tocou o ombro alheio aproximando os lábios rosados da orelha de Marinette, a respiração de Chloé roçava seu lóbulo, causando ainda mais agonia e um breve arrepio na morena, enquanto a ponta da caneta deslizava sobre a superfície lisa e branca.

ㅡ Eu vou acabar com você de todas as formas possíveis... afinal, eu te odeio. Nunca se esqueça disso, Marinette. ㅡ sussurrou.

O corpo de Mari congelou.

A folha levemente amassada estava assinada, com um suspiro inseguro o papel foi tomado de suas mãos. A menina loira sorriu satisfeita, dobrando o documento em suas mãos e se direcionando a única porta que dava acesso ao corredor do hotel. Marinette a encarou através da distância, sabendo que se arrependeria desse acordo mais tarde.

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