Cap 3 - Boate

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Eu estava chorando incontrolávelmente, sem parada, então tomei 3 comprimidos para dormir, e peguei no sono.

6 horas depois

Acordei era 20:36 da noite, nada de meu pai, nenhuma mensagem da minha mãe, e sem nenhuma notícia, apenas 10 ligações perdidas de Maria Victória.

O celular toca novamente.

- O quê você quer Maria Victória?

- Eloise, venha para a boate agora, imediatamente.

- Por que?

- Sua mãe está aqui, junto a um homem, olhos castanhos, de terno, e cabelos claros.

- Não pode ser verdade, está falando sério?

- Eu te juro, ele colocou a mão dele sobre a da sua mãe, e estão conversando.

- Escuta aqui Maria Victória, se você estiver mentindo só para eu ir até ai, juro que acabo com a sua vida.

- Eu não ia ta perdendo o meu tempo te ligando agora se fosse mentira.

- Quanto que paga pra entrar ai?

- 25 dólares só, te mando a localização.

- Estou chegando.

Me vesti com a roupa mais sem graça que tinha no armário, mal penteei meu cabelo, fui de chinelo, só estava furiosa em saber que minha mãe poderia estar traindo o meu pai. Por motorista de aplicativo, cheguei até a boate.

Ao entrar no local, logo avistei Victória, e sentei ao seu lado.

- Cadê eles? - Disse.

- Estão ali - Victória disse apontando um dedo para o casal.

- Eu não faço ideia de quem seja esse cara, nunca vi na minha vida.

- Parece que sua mamãe chifrou seu papai - Victória debochou.

- Vai se fuder.

- Ok Eloise, vamos ficar aqui e ver no que vai dar.

- Eu só espero que ela não me veja aqui.

- Relaxa, Por que não vai lá no balcão buscar uma bebida para nós?

- Não estou com cabeça pra beber hoje.

- Bebe algo suave, apenas um vinho ou whisky.

- Vou buscar um drink de limão para nós duas, tudo bem para você?

- Ok, vai lá.

Fui até ao balcão para fazer o pedido, e logo avistei uma dançarina no palco, com roupas semi nua, apenas de calcinha e sutiã vermelho, ela era loira, seus cabelos eram curto, e seus olhos eram verdes. Logo voltei para a mesa, junto a Victória.

- Parece que seus olhos estão vibrados naquela dançarina, ou é impressão minha? - Victória disse.

- Ela é tão gata, puta que pariu.

- Parece que ela está vindo em nossa direção

A dançarina desceu do palco, e veio em direção a uma mesa não tão distante de nós duas, uma das mulheres em que estava sentada na mesa levantou-se e beijou a dançarina e cai entre nós, esse beijo me deixou excitada pra caralho, a mulher começou a deixar chupões em seu pescoço, as mãos da mesma passava pelo seu corpo suado, e todos em volta começaram a gritar, desviei a minha atenção por um instante, e já não estavam mais ali.

- Caralho - Victória disse.

- Aonde será que elas foram?

- Eloise, aqui é uma casa noturna, está meio óbvio que elas foram transar.

- Queria eu estar no lugar daquela mulher agora - Falei e Victória começou a rir.

- Jamais imaginei que você se interessaria por mulheres algum dia.

Dei um gole no drink, e começamos a rir.

- Algumas pessoas por aqui fazem apostas, sabia disso? - Victoria disse.

- Tudo que eu precisava agora, mas hoje não vai rolar, preciso primeiro pensar no meu pai.

Olhei para o lado, e avistei lá minha mãe, beijando o cara desconhecido, logo mostrei para Victória, que arregalou os olhos para mim e deu um suspiro.

- E agora? - Falei.

- Seu eu fosse você, contaria para o seu pai.

- Pra ele infartar de vez?

- Imagina se o velho morre e ela fica com a herança dele.

- Que herança? meu pai só está deixando dívidas para a nossa família.

- Não sei o quê faria eu se estivesse no seu lugar agora.

Suspirei.

- Já pensou em alguma coisa pra pagar o Henrique até o próximo sábado?

- Não, óbvio que não. 

Olhamos para a cara uma da outra, e Victória disse.

- Estou a tanto tempo sem sexo - Bufou.

- Eu nem me lembro da última vez que transei Victoria - Rimos.

- Ta afim de vir aqui amanhã de novo?

- Nem a pau, hoje já basta.

Minha mãe levantou com o rapaz, e foi embora da boate.

- Estou indo ao banheiro, vem comigo?

- Tô de boa, pode ir lá - Disse Victória.

- Ok - Falei.

Fui até ao banheiro, e fiquei olhando para a minha imagem no espelho durante um tempo, a porta do local se abriu, e pelo reflexo do banheiro vi a loira encostando no espelho, limpando com o dedo seu batom vermelho borrado, puta merda, que mulher perfeita.

- Que calor - A dançarina disse.

A mesma me encarou, e deu um sorriso.

- Nunca te vi aqui antes, primeira vez que você vem?

- Primeira e última - Falei.

- Fala sério, não ta afim de me ver amanhã não?

- Óbvio que não, o que eu ganharia com isso?

- Vem descobrir.

Ela sussurrou no meu ouvido, fazendo todo o meu corpo se arrepiar.

Fui em direção a porta e dei uma piscadinha.

- Até mais - Ela falou.

- Até.

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⏰ Última atualização: Jun 05, 2023 ⏰

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