Capítulo 4: Será que é a mesma casa?

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Acordo com os sons dos passarinhos cantando. O relógio de pulso que esta marcando as 06:30 da manhã, saio da barraca e sinto o vento gelado percorrendo o meu corpo dos pés a cabeça.

Lembro-me dê que eu e os outros três iremos trilhar a floresta mais afundo, por que quem não ficaria curioso para saber o que tem em um lugar afastado, grande e praticamente cheio de árvores e matos? Obviamente eu e meus amigos.

Vejos o restante acordando e indo arrumar a mochila, não imaginei que eles tragariam bastante coisas, provavelmente é o mínimo que vamos precisar para usar por aqui.

Não é nada fácil ficar em um lugar como esses, mas não tem escapatória é o meu trabalho é o trabalho deles, é o que nos sustentamos é o que gostamos de fazer, se chegamos até aqui temos mais pela frente esse é o ponto positivo, mas os pontos negativos... Tem muitos.

- Estão todos prontos? - Damian pergunta ajeitando a sua mochila em sua costa.

- Sim estamos - falamos todos ao mesmo tempo.

Peguei a minha câmera que não pode faltar, e fomos trilha a frente.

Caminhamos por uma longo caminho coberta de terra seca, não está um tempo quente e nem frio, está confortável de caminhar.

Passamos por vários riachos com águas cristalinas, vimos vários pássaros diferentes cada um com uma cor diferente: amarelo, verde, marrom... fiquei maravilhada quando vi, por que em Jacksonville não vimos esses tipos de pássaros "diferentes", lá é um lugar com várias casas, comércios, prédios e fábricas, claramente não iríamos ver essas aves, dificilmente seria.

Caminhando por longos minutos, eu estava gravando todo o nosso percurso e sim tenho pilhas de sobra para a minha câmera. O grupo estava quieto, de vez em quando conversávamos e dávamos risadas. Nós sempre contamos o que a gente espera pela nossa vida. É uma jornada e tanto, não é nada fácil, mas o importante é que o que nós estamos vivendo é o nosso topo é o nosso momento.

Enquanto andávamos pela estrada, identifico numa trilha distante uma pequena casa com uma fumaça cinzenta saindo da chaminé no topo da mesma.

- Olha gente, uma pequena casa logo a frente-aponto com o meu dedo sinalizando para eles.

- Acho que não tem ninguém lá - Caden responde

- Como que não tem ninguém lá, sendo que a chaminé está saindo fumaça, claramente ela não iria acender sozinha - Acho que Charlotte não está de bom humor.

Vejo Caden fazer cara feia após ouvir o que Char falou, dou uma risada nasal e vejo Damian rir também.

- Que tal irmos até lá? Vai que a história de Caden esteja certa! - McCoy da uma sugestão para nós três.

- Eu topo! - Vejo levantei a mão

- Não sei não, Damian deve ser perigoso - Charlotte é a única difícil de topar alguma coisa

- Também topo! - Uau! Caden topando alguma coisa.

- Ah tá bom - Ela faz uma pausa para um suspiro - Eu vou com vocês - A garota não resiste a única coisa que o grupo propõe.

Seguimos a trilha estreita, e enquanto caminhávamos paro para pensar se o que Damian disse realmente pode ser a mesma casinha que Clemontte contou-nos ontem. Fico pensativa até que chegamos bem perto da pequena casa.

A estrutura da casa não era adequada para morar mais de 4 pessoas. A cor é um marrom desbotado, as janelas meio quebradas e com cortinas brancas, escadinhas pequenas que chegam até a porta principal. A casa em si da pra ver que ela é muito antiga e bem diferente, sem contar que a chaminé é mais antiga ainda, tijolos da cor cinza e a fumaça saindo da mesma cor.

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