jane and lisbon: oneshorts

califórnia

Jane pensava em Lisbon.

Quase toda hora, pensava o quanto queria ela ao seu lado na ilha, na mensagem que tinha deixado quando matou Red John, no que a mesma tinha pensando quando descobriu que havia matando Thomas MacAllister com suas próprias mãos.

Enquanto abria o papel da carta, ele olhou para a folha pensando no que iria escrever para a mulher. Talvez narrar como tinha seu dia na ilha, de como as ondas estavam mais forte por causa do clima frio ou talvez de como chegou novos moradores.

Queria escrever algo diferente para a Lisbon, escrever algo mais emocionante - como seus casos na CBI. Mas seu lar era cheio de  calma, não tinha muitas coisas interessantes para escrever a carta de Lisbon. Ele então começou narrar seu dia como de costume, um pouco cansado de saber seu cotidiano de cor. Pensou na reação da amiga lendo, suas sombrancelhas franzidas e com certeza cansada de ler as mesmas palavras por dois anos seguidos.

Patrick suspirou, escrevendo que sentia falta dela e dos seus amigos na CBI, mas principalmente dela. De seus casos e dos seus encontros para comerem algo, sentia falta até da teimosa da mulher e do ar de bondade que existia sobre ela. Era uma coisa que admirava na mulher: a honestidade e capacidade de nunca conseguir mentir.

Teresa tinha um grande coração e Jane era agradecido por conhecer uma pessoa de alma tão limpa quanto ela. Depois de conhecer muitos impostores e trapaceiros ao longo da vida, ele achava que nunca iria encontrar alguém como Lisbon além da sua mulher e filha. Esses tinha sido um dos motivos de não querer envolver Lisbon no caso Red John, não queria que a mesma sujasse suas mãos de sangue por um mal que não havia feito a ela. Por isso ele a deixou no caminho de Malibu.

Se lembrava de quando seu coração tinha se apertado quando Red John tinha feito a sua marca nela, mesmo sem percebesse, Lisbon estava envolvida. A única sorte sua era que ele não havia feito nada com ela, sua alma ainda estava limpa e Jane não conseguia imaginar o que iria ter feito se o assassino em série tivesse machucando Teresa. 

Lembrava de ter limpado o rosto dela, imaginando um milhão de cenários que Thomas MacAllister tivesse pegando ela. E nenhum deles acabado de forma bem.

Escreveu um parágrafo, dizendo que esperava que ela estaria bem. Agradecendo por último por tudo e desejando boa sorte. Patrick selou a carta, levantando-se e começando mais um dia comum na ilha.