"Após sofrer um trágico acidente de carro, Florence Williams descobre estar aprisionada em um universo fictício que costumava ser fã na adolescência. Agora, ela está determinada a encontrar as respostas necessárias para escapar dessa realidade bizar...
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Narrador
Episódio 3x18 - 28 de outubro de 2010
Kael havia acabado de chegar em Virgínia.
O bruxo caçador não sabia como fora capaz de socializar tanto, como havia feito nas últimas horas, misturando-se em meio aos humanos.
Ele tinha gastado todas as suas energias, embarcando em um avião, e lidando com o tumulto dos aeroportos. Isso sem mencionar os variados cheiros que teve de sentir, e os barulhos diversos que escutou, devido aos seus sentidos aguçados.
Além disso, teve de controlar seus poderes e tentar agir como um homem normal, o que tinha sido extremamente desgastante.
Mas o importante é que ele estava tentando, não era?
Esse era o tipo de situação, em que ele se submetia por dinheiro.
Nos últimos anos, ele estudou praticamente tudo sobre o mundo não mágico, incluindo os costumes, a moeda que eles utilizavam, e os aparelhos tecnológicos. Afinal, ele precisava entender como funcionava a sociedade dos humanos.
Kael aprendeu rápido, mas não havia chegado a colocar em prática seus conhecimentos relacionados as invenções humanas, pelo menos não até chegar àquela realidade.
Ele levou algumas semanas para relembrar sobre a internet, e como ela funcionava, conectando redes e possibilitando as pessoas a pesquisarem as coisas nos sites. Por sorte, depois de observar o comportamento de alguns humanos, ele conseguiu assimilar as informações, e pôr em prática o que tinha estudado.
Como por exemplo, realizar uma ligação e comprar produtos utilizando dinheiro, e apesar de ter aprendido como os telefones funcionavam, ele não deu muita atenção, pois não pretendia e nem tinha para quem ligar.
O dinheiro havia sido a parte fácil de entender, afinal, a única coisa que mudava de seu universo para aquele, era o tipo de moeda utilizada. Agora, os cartões de crédito tinham sido outros quinhentos, já que o caçador jurava que aquela era uma espécie de magia.
Como era possível um objeto pequeno como aquele, conter valor e realizar pagamentos? Só podia ser um objeto enfeitiçado.
Ao menos era isso o que ele pensava.
Ah e referente as roupas, o bruxo não havia gostado muito.
- Porcaria de roupa apertada. - Kael grunhiu irritado, tentando se acostumar com os trajes modernos. Ele preferia suas roupas, do que aquelas justas, pois os tecidos não eram de alta qualidade, e as peças eram caras, o que ele achou um descaso com os consumidores.
Passados alguns minutos, o caçador encontrou um hotel simples e confortável para se hospedar, se esforçando ao máximo para ser gentil com a atendente que se encontrava atrás da bancada.
Inevitavelmente, ele acabou chamando atenção daqueles que se encontravam no hall de entrada do hotel, devido ao seu porte físico e aparência chamativa.
