Capítulo 15

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Narrador

Mystic Falls – setembro de 2010.

10:00am

Ferrada psicologicamente, essa era a descrição perfeita, para representar a saúde mental de Florence Williams nos últimos meses.

Como se não bastasse lidar com Stefan Salvatore, com a humanidade desligada (que por sinal, havia sido solto de sua jaula) Damon a perturbando, e Elena pedindo conselhos para lidar com os problemas sobrenaturais, Florence foi obrigada a conviver com Rebekah Mikaelson, a vampira original, que havia decidido por conta própria, residir na pensão, e frequentar a escola como se fosse uma adolescente normal.

Ótimo, agora vivo com uma vampira de 1000 anos, que pode facilmente me transformar em pó, se eu fizer algo que a desagrade. Sem mencionar esse teatro ridículo, que tenho que seguir de ser parente dos Salvatore's, para não descobrirem minha origem.— Florence pensou, bebericando seu café.

Ao menos naquele dia, ela não precisava ir ao trabalho, por conta de uma reforma que estava sendo feita no estúdio, o que era bom e ruim ao mesmo tempo.

Bom porque Florence poderia descansar, ruim porque ela não receberia pelo dia não trabalhado.

A jovem suspirou, depositando a xícara vazia na pia da cozinha, sem a menor pretensão de lavar a louça acumulada. Estava cansada de ser a única da pensão, que se esforçava para manter a residência limpa e organizada. 

Damon ou Stefan que hipnotize alguém pra limpar esse lugar, eu não sou empregada. —Florence pensou, abandonando o cômodo.

— Pronto para passear? —a jovem perguntou para o cão em seu encalço.

O pequeno Dexter, havia tomado banho no petshop, e estava mais fofo do que nunca, usando uma gravatinha ao redor do pescoço.

—Nossa rota hoje, é direto para a casa da Bonnie. —Florence avisou, ajustando sua bolsa no ombro, e segurando a chave do carro. —Caroline me mandou mensagem, dizendo que a bruxa  faltou a aula hoje, e então eu resolvi levar uma caixa de bombons, em troca de informações. —comentou, indo em direção a garagem. —Ah, e também consolá-la pelo desastroso término com Jeremy, que foi idiota o suficiente para a trair com uma fantasma.— resmungou, insatisfeita com a situação.

A trair, sério? Francamente, detesto homens. —murmurou em pensamento, relembrando de quando Jeremy confessou a ela o que tinha feito, e ela lhe deu um sermão daqueles. Afinal, só porque ele era seu amigo, não significava que Florence passaria pano para suas atitudes. 

O trajeto para a casa da bruxa não foi muito longo, e nem demandou tanto tempo, considerando que Florence estava indo de carro para o local. Depois de alguns minutos, estacionou o carro em frente à residência da Bennet, saltando rapidamente para fora do veículo, sendo acompanhada por Dexter. 

A jovem passou as mãos no rosto, e ajeitou uma mecha de cabelo atrás da orelha, para parecer um pouco mais apresentável, e não aparentar estar morta de cansaço.

Impaciente com a demora da humana, Dexter latiu, como se estivesse lembrando Florence do que ela tinha vindo fazer no local.

—Não enche. —ela resmungou para o cão, que rosnou em resposta. 

Até mesmo Dexter, estava sendo capaz de irritá-la nos últimos dias.

E então, a humana bateu na porta, sendo surpreendida pela presença do pai de Bonnie, que abriu a porta depois de alguns segundos. 

—Pois não? —o homem alto, de pele preta, perguntou a analisando. 

—Olá. — ela pigarreou, sem graça. —Eu sou Florence, amiga de Bonnie, não sei se ela já falou sobre mim...

Caos Entre Luzes e SombrasOnde histórias criam vida. Descubra agora