"Após sofrer um trágico acidente de carro, Florence Williams descobre estar aprisionada em um universo fictício que costumava ser fã na adolescência. Agora, ela está determinada a encontrar as respostas necessárias para escapar dessa realidade bizar...
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Narrador
Mystic Falls, Virgínia
Cenas do capítulo anterior...
O pequeno cão finalmente havia conseguido escapar da pensão, sem que ninguém descobrisse. Dexter estava injuriado, e enfadado por ter que conviver num ambiente com vampiros.
Francamente, eles eram patéticos, nem para vigiar um animal de estimação prestavam. — O animal pensou, enquanto caminhava em direção a floresta.
Quem quer que o visse ali, pensaria que ele era um cachorro indefeso, perdido e solitário, quando na verdade, ele não era nada disso.
Assim que adentrou a mata, o cão se certificou de que não estava sendo observado, e então, alongou seu corpo, dando início a sua transfiguração.
Logo, a figura de um cão indefeso, fora substituída por a de um lobo preto enorme, de olhos vermelhos e dentes afiados. Aquela habilidade era extremamente útil para a raça, pois permitia que eles se disfarçassem em meio aos humanos.
Dexter, ou melhor, Lycus, uivou contente por assumir sua verdadeira forma, e correu pela floresta, a fim de encontrar um familiar em específico.
Após caminhar em direção ao esconderijo, o animal uivou novamente, chamando a atenção da bruxa ali escondida. Com isso, o feitiço de ocultamento desapareceu por um tempo, permitindo que o lobo adentrasse no local escolhido pela mulher.
— É bom revê-lo, Lycus. — Darya disse, aproximando-se dele.
Como resposta, o animal abaixou a cabeça, em sinal de cumprimento. No entanto, a bruxa não se conteve e abraçou o animal, o que era raro de acontecer, já que toque físico não era sua linguagem de amor.
É só que, estava a tanto tempo sem revê-lo pessoalmente, que não segurou as emoções e se permitiu abraçá-lo.
— Vovô ficaria enciumado se me visse te abraçando. — Darya comentou, convencida.
Até porque, Lycus a princípio era o "animal de estimação" de Sebastian, e o bruxo sentia ciúmes do amigo lobo.
O animal pertencia a uma espécie rara de lobos pertencentes ao mundo mágico, tratava-se um cutos lupus, traduzido do latim, significava literalmente "lobo guardião". A espécie era caracterizada por suas habilidades mágicas, e aparência um tanto assustadora, incluindo dentes mais afiados do que o normal, musculatura de grande porte, e olhar ameaçador.
A raça era conhecida por proteger aqueles que amava, e era raro de conseguir a confiança de um deles. Algumas lendas diziam que os animais eram espíritos evoluídos que vinham para a terra, e se manifestavam em forma de lobos, a fim de guiar os bruxos e feiticeiros.
