Colando os cacos

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Marcy P.O.V

Os últimos dias com treinamentos acadêmicos estão sendo muito cansativos pra mim, odeio estudar, é tudo tão chato e entediante, queria ser boa em esportes como Anne, e Sprig, eles realmente parecem se divertir com os treinamentos, talvez seja ruim pensar isso, mas parece que a pressão é bem menor.

Anne estava meio fora de forma, e está passando por uma seletiva no time de basquete feminino da escola, para isso ela vem treinando bastante, não só com eles, mas ela vem treinando me usando de peso. Basicamente ela me carrega nas costas como mochilinha pra correr, e faz flexão e prancha comigo deitado, ou sentado em cima, bem bom saber que eu sirvo pra ser um peso no sentido bom.

Eu estava com Anne em seu quarto, jogando um jogo mobile enquanto ela tenta completar as 100 flexões diárias, era meio estranho jogar com algo abaixo de mim no começo, mas depois de 4 dias fazendo isso eu me acostumei.

— 98… 99 — Anne faz uma pausa para retomar o fôlego — 100! Ae buceta!

Comemora Anne caindo com seu corpo inteiro no chão me fazendo cair de suas costas rolando com o baque. Ela estava completamente suada, por sorte o suor dela não tem um cheiro azedo, ou muito forte de hormônios como a maioria dos adolescentes, ela apenas fica com um cheirinho leve de sal. Dou uma risadinha e me aproximo de Anne fazendo cafuné em seu cabelo.

—Meus parabéns, hoje você demorou menos que ontem, nem deu pra fazer booyah.

Anne me olhou dando um sorriso fraco, e eu fui até a mesa de cabeceira pegando a garrafa de água, e uma toalha de rosto para enxugar a garota que estava parecendo um pokémon nocauteado no chão. Sua regata branca estava molhada com seu suor, dava pra ver o top esportivo que ela usava por baixo, e um leve decote em seus seios… Acho que preciso parar com esse tipo de pensamento sobre seios.

— Hey… Meu rosto é em cima, não me diz que você está olhando pra onde eu acho que está olhando.

— Quê?? — Começo a olhar pros lados tentando disfarçar e não parecer envergonhada ou suspeita — Eu não estou olhando pra lugar nenhum, só me distraí pensando!

Anne se senta de frente pra mim e nega com a cabeça, ela me puxou pro seu colo, e estava me encarando séria por uns minutos, não sabia exatamente pra onde ela estava olhando, até sentir meus lábios serem tomados por ela finalmente percebendo para onde ela estava olhando. As mãos de Anne invadiram meu moletom, começando a percorrer meu corpo, seus beijos estavam mais intensos.

— Meninas, vocês querem pudim? — Pergunta a mãe de Anne entrando no quarto sem bater dando um grito horrorizado ao me ver naquele estado com a filha dela. — Meu deus Anne, o que já conversamos sobre trancar a porta?!

Pergunta a mãe de Anne dando uma bronca na garota fazendo a gente se separar, e eu descer do colo da garota cobrindo meu rosto com o capuz do meu moletom, puxando a cordinha pra deixar mais apertado.

— Mas a senhora disse que era pra fazer essas coisas no quarto, eu estou no quarto.

Anne tinha um argumento válido, mas provavelmente isso não colaria com a senhora Boonchuy, o pai dela por outro lado até mesmo pediria desculpa por ter entrado sem bater na porta, amo meu futuro sogrinho.

— Nananinananão mocinha, tranque a porta. 

— Tá bom então! Já entendi, senhora, desculpe estar beijando a minha garota às escondidas no meu próprio quarto.

Anne estava mais rebelde e mais disposta a enfrentar as coisas depois da festa, eu até gosto dessa nova Anne, pessoas corajosas deixam meu coração saltitante, sem contar que não tem preço ver ela se referindo a mim como sendo dela… Aiai apaixonado é bicho trouxa.

A Nerd a Popular e a Novata Onde histórias criam vida. Descubra agora