CAPÍTULO 1

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CHAPTER ONE - EMPTY

CHAPTER ONE - EMPTY

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ALICE CULLEN

Tenho poucas lembranças da minha vida como mortal — lembranças totalmente terríveis e totalmente desconexas —. Apesar disso, sinto que a imortalidade foi uma recompensa... algo bom depois de tanto sofrimento. Afinal, havia encontrado meu lar com uma família amorosa e o amor da minha existência!

Depois de todo aquele incidente com os Volturi... Bella e Edward finalmente puderam ter paz e criaram a pequena Reneesme — que agora já não era tão pequena assim...

Poderia muito bem dizer que todos estavam bem e felizes, mas estaria sendo uma grande mentirosa. Minha relação com Jasper não era mais a mesma, ele estava estranho... não era mais o companheiro amoroso e compreensivo que conheci, e tudo isso me deixava completamente aflita, porque eu queria de saber o que estava acontecendo. Queria entender porque ele estava tão distante e frio... Mas resolvi respeitar o seu tempo, e acreditar que tudo se resolveria no final.

Mas meu inferno particular não demorou a começar... primeiro foi um simples vazio que aumentava dia após dia. Quando me dei conta, toda a minha família estava preocupada com minha mudança repentina de comportamento. 

Jasper usara seu dom para me aliviar, e consequentemente passava mais tempo ao meu lado, me tratando como se eu fosse um objeto frágil e fácil de ser quebrado — e como aquilo me sufocava... —. A situação só estava fugindo do nosso controle, e a sensação que algo faltava apenas aumentava. O dom de Jasper não podia me ajudar, e isso o frustrou mais ainda. 

Enquanto isso, Esmé me fazia companhia nas horas vagas e Carlisle tentava achar alguma explicação plausível para a situação. Os dois me "monitoravam" a maior parte do tempo, mas nada invasivo como Jasper costumava fazer. Já Rosalie e Emmett me bajulavam fazendo minhas vontades e Bella agora era mais grudada em mim. 

E Edward? Bom... ele se mantinha calado e totalmente estranho. Eu tinha certeza de que ele sabia de algo, e até tentei tirar alguma coisa dele. Mas assim como eu, ele sempre estava a dois passos a frente. 

[...]

Numa manhã como as outras, estava completamente distraída lendo um artigo de moda sob a companhia de Edward, que tocava uma melodia ao meu lado.

Foi quando de repente comecei a ter dificuldade para ler o artigo, as letras do papel ficaram turvas e giravam sem parar. Tirei meus olhos do mesmo atordoada e olhei para frente, mas nada mudou. Tudo continuava a girar e a minha visão escurecia. 

A sensação avassaladora de todas as vezes que eu estava prestes a ter uma premonição, me tomou. Os fios do futuro se passavam em uma velocidade anormal, procurando por imagens do futuro em suas profundezas. Tudo se escureceu novamente, e eu fiz um esforço para descobrir logo o que se tratava.

Fiquei satisfeita ao ver que o esforço fizera efeito,  já que não demorou para que a escuridão passasse e eu pudesse ver as coisas com mais nitidez. 

A imagem de um campo se passou em minha mente, o sol da tarde batia contra a minha pele a fazendo cintilar, revelando minha natureza monstruosa. O cheiro de lavanda me inebriava junto com a brisa que o vento trazia e aquele vazio sem fim não perturbava mais o meu peito. Ao invés disso, ele abrigava uma paz inexplicável!

Podia ouvir passos em minha direção, mas sequer tive a curiosidade abrir os olhos e conferir quem seria, apenas fiquei ali sentada esperando. 

A figura parou em minha frente, cobrindo totalmente a luz que eu desfrutava, a ardência em minha garganta se fez presente — mas era algo suportável —, e então eu abri olhos meus olhos.
A silhueta feminina continuava parada, seu rosto completamente borrado e indecifrável, a tentativa de tentar vê-la com nitidez foi totalmente inúti... A única coisa mais marcante — além dos cabelos ruivos — eram os seus olhos. Tão verdes e tão vivos como uma floresta de cheia de eucaliptos! — uma humana?...

A tendo em meu campo de visão, sorri para a mesma e gesticulei para que ela aproximasse, enquanto meu o meu lado racional gritava para que eu fosse para o mais longe possível daquela garota.

Mas quem disse que fiz isso? Se eu sequer tinha forças para resistir ao seu magnetismo... ela estava totalmente acima de qualquer padrão humano.

Ainda ali sentada sob a grama, a garota então se agachou, ficando da mesma altura do meu rosto. Em um gesto quase automático, passeei os olhos pela sua pele me perdendo na constelação de pintinhas em seu rosto. 
Ela se aproximou mais uma vez apoiando as mãos do lado dos meus quadris, ficando a poucos centímetros do meu rosto. Uma parte do meu inconsciente continuava a gritar, em total negação para que aquilo não fosse real. Já a outra, encontrava-se em um estranho misto de contentamento e liberdade.

Liberdade daquele vazio infernal.

Mordi meus lábios e a puxei pela nuca, mas antes que o espaço entre nós fosse dissipado a visão terminou.

Voltei a realidade em um piscar de olhos. Olhei imediatamente para Edward, que continuava em frente ao piano. Notando apenas naquele momento que ele já não tocava mais a composição.

Ele se virou para mim, me encarando com o rosto totalmente petrificado e eu engoli o seco.

[...]

Em meados de 2020 — poucos meses depois do ocorrido... —, nossa família se mudou mais uma vez de cidade, afim de continuarmos mantendo nosso disfarce. Carlisle conseguira um emprego como médico no hospital principal da cidade. Eu e meus irmãos ingressamos na escola local, e como já era de se esperar chamamos muita atenção nas primeiras semanas... já Esmé, se dividia entre a faculdade e a nossa família.

Juneau era tranquilo, e me lembrava Forks — lugar que eu não via a um certo tempo —. Era perfeito e propício para termos uma "vida" normal, já que a cidade era pequena e tinha um clima favorável, permitindo que saíssemos a luz do dia sem sermos descorbertos. 

Mas ainda havia alguma coisa faltando.

Tentei não pensar muito nisso, e muito menos naquela visão... Mas falhei miseravelmente.

Queria tanto guardar aquele assunto a sete chaves, mas nada fica escondido. Ainda mais numa família de vampiros...
O fato de que Edward já sabia era algo óbvio para mim, eu só não contava que Bella também descobriria! — é totalmente impossível tentar esconder alguma coisa daqueles dois.

Eu sabia que um dia teria que lidar com isso. Sabia que deveria tomar uma decisão... Mas o futuro era cada vez mais incerto, e eu não tomaria nenhuma decisão precipitada.

Eu seguiria em silêncio, esperando a hora certa...

[...]

Eai, o que acharam?

O que vocês acham que vai acontecer nos próximos capítulos?

Aguardem😼😼

Nightfall - Alice CullenOnde histórias criam vida. Descubra agora