capítulo doze

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CAPITULO DOZE
Kayky Mazlum
Internato
02/01/2023

Assim que saio da delegacia após ser interrogado vou para o internato, quando chego vejo a mulher do diretor
—Oi querido, como você está com isso tudo?
Ela dá um abraço em mim que minha minha mãe nunca deu, o internato é cheio de regras e professores chatos, mas o diretor e a diretora sempre foram muito atenciosos conosco
—Cansado eu acho
Ela assente compreensiva e diz
—O diretor quer falar com você
Respondo um ok e vou para a diretoria, bato na porta e no mesmo instante ele manda que eu entre, a gente se cumprimenta com um aperto de mão e eu me sento à frente dele
—O senhor mandou me chamar?
Ele assente e diz
—Kayky, primeiramente sinto muito por essa situação, tenho fé que você vai provar que não teve culpa de nada
As palavras dele me deixam com vontade de chorar que nem um garotinho, minha mãe não acredita que eu seja inocente, e não me quer na casa dela por conta do meu padrasto, o apoio do diretor significa muito para mim
—Obrigado senhor
Ele dá um sorriso um pouco triste
—Filho, você não vai poder ficar aqui, desculpa mesmo, mas os pais dos outros alunos reclamaram, você já se formou mesmo, então sinto muito, mas você não vai poder usar seu tempo extra para ficar aqui
Já era de se esperar, mas eu tinha esperança de que isso não fosse acontecer
—Tudo bem diretor
Ele me olha com pena e fala
—Kayky, eu não queria ter que fazer isso, de verdade mesmo, apesar do que aconteceu, tô orgulhoso de vocês, foram uma boa turma, amadureceram bem, principalmente você. Sei que você tá com problemas na sua casa, mas se precisar conversar, sempre vou estar de braços abertos pra você filho
Ele levanta e  eu também, entao a gente se abraça, nunca considerei meu padrasto como figura paterna, o diretor foi o mais próximo que eu cheguei de considerar alguém como pai
—Obrigado por tudo, esse internato não é minha casa mas é meu lar
Ele assente e se afasta
—Boa sorte Kayky
Agradeço e saio da sala antes que eu chore, é péssimo ver como meu psicológico ficou mais fudido ainda depois disso tudo
Passo no meu quarto e pego todas as minhas coisas, saio do internato e até cogito tentar ficar na minha mãe, mas não quero viver um segundo em baixo do teto dela enquanto aquele cara estiver lá
Bato na porta e minha amiga abre rápido
—Oi, como foi na delegacia?
Ela fala olhando para as duas malas na minha mão
—Sei lá, muitas perguntas, acho que tranquilo, passei no internato e eu descobri que tô proibido de passar meus 2 meses lá
Ela faz sinal pra que eu entre e mesmo eu resistindo pega uma das malas da minha mão
—Bom, então pelo visto vou ter um parceiro agora

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